O Sind-UTE/MG e CUT/MG participaram neste dia 25/4/18 de um ato em solidariedade aos professores e professoras da Educação Infantil de Belo Horizonte, ao mesmo tempo em repudiaram a violência da Polícia Militar (PMMG) ocorrida no dia 23 de abril último.
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“O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, bem como a CUT/MG, não poderiam ter outra atitude senão a de se unir aos trabalhadores e trabalhadoras da educação da rede municipal de ensino, neste momento. A violência policial que vocês sofreram doeu em nós e quando mexe com uma mexe com todas”, disse a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG e presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, que juntamente com um grande número de diretores e diretoras do Sindicato participaram do ato público de repúdio à PMMG e ao prefeito Kalil nesta quarta-feira.
Foto: Lucas Sharif/Sind-UTE/MG
Para simbolizar a solidariedade da rede estadual de educação, flores brancas foram entregues a todos e todas que participaram da manifestação. Beatriz Cerqueira ressaltou a necessidade de unir as redes estadual, particular e municipal num grande movimento da educação. Também disse que o governador Fernando Pimentel e o prefeito Alexandre Kalil devem explicações à sociedade sobre a violência praticada no dia 23 de abril último.
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Repúdio
Para o Sind-UTE/MG e a CUT/MG, não há como não se indignar diante das cenas divulgadas por diversos meios de comunicação na última segunda-feira, 23/4/18, e que correram o Brasil e o mundo.
Um caminhão do Choque da Polícia Militar de Minas Gerais, jogando forte jato d´água em professoras e professores da educação infantil, em greve durante uma manifestação na porta da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, sob coordenação do Sind-Rede.
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As professoras e professores, bem como seus familiares e até as crianças que se encontravam na manifestação, em frente à entrada principal da Prefeitura de BH, na Avenida Afonso Pena, foram atacados pelo forte aparato policial, que também usou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes.
Pra não dizer apenas que essa atitude é reincidente, vale rememorar a história e lembrar que, em maio de 1979, no governo de Francelino Pereira, os professores e as professoras de Minas Gerais que se manifestavam em frente ao Palácio da Liberdade também foram atacados pela Polícia Militar, com jatos d´água.
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Recentemente, essa mesma Polícia Militar atacou, atirou e feriu com balas de borracha, gás lacrimogêneo e gás de efeito moral, professoras e profissionais da educação durante manifestação na BR 381, em Igarapé, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Equiparação da carreira
É de conhecimento amplo que as professoras e os professores da Educação Infantil de Belo Horizonte apresentam uma pauta legítima, pois, reivindicam a equiparação da carreira, o que proporcionará isonomia salarial com professores do Ensino Fundamental.
Ao não ouvir a categoria, que tem os mais baixos salários da carreira do magistério na rede municipal, o prefeito Alexandre Kalil, que prometeu governar ouvindo a classe trabalhadora e fazer uma gestão para os que mais precisam, está indo no sentido contrário.
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Fazer justiça a esses profissionais que têm uma carreira precária se faz premente e isso só se dará se houver condições de progressão e de formação continuada para esses profissionais.
Além disso, vale ressaltar que a Prefeitura de Belo Horizonte, ao não valorizar esses profissionais, desmerece e desqualifica também a educação das crianças de 0 a 5 anos.
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A CUT Minas vai questionar o governo sobre os custos de operações que estão criminalizando as lutas sociais no estado.
Não haveremos de nos intimidar. Não sairemos das ruas e não deixaremos de lutar pelos nossos direitos. Quem luta, educa!
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Assessoria de Imprensa: Studium Eficaz