A história da subsede Caxambu se confunde com a história de nosso sindicato. Em 1979, quando a categoria docente mineira tomou as ruas e praças exigindo valorização profissional por parte do governo de Francelino Pereira, os trabalhadores em educação de Caxambu e região se uniram à essa luta. O resultado - além das conquistas demandadas - foi a construção de uma nova entidade sindical representativa de nossa categoria (a União dos Trabalhadores do Ensino de Minas Gerais - futuro Sind-UTE/MG), superando a experiência negativa que os mesmos tiveram com a APPMG, que desde esse período já traía aqueles que diziam representar. Caxambu fez parte dessa história.
Na década de 1980 e 1990 os trabalhadores em educação da rede estadual de Minas Gerais lotados nas escolas de Caxambu e cidades vizinhas se mobilizaram em diversas lutas, tanto econômicas quanto profissionais e pedagógicas. Isso refletiu na organização de sua subsede. Diversos professores, secretários e funcionários de escola se dedicaram na organização da categoria em nossa região. À esses colegas, dedicamos a nossa homenagem.
A ofensiva neoliberal - tanto política, econômica, quanto também ideológica - se fez sentir em nossa entidade na região. Devido a diversos problemas, a subsede Caxambu infelizmente teve que ser fechada, apesar do empenho dos colegas que dedicaram parte de suas vidas nessa empreitada.
No entanto, anos depois a categoria sentiu novamente a necessidade de se organizar em nossa região.
A partir de 2006, após os constantes ataques à carreira dos trabalhadores em educação (como a reforma administrativa e a perda de alguns direitos), os professores/trabalhadores em educação de Caxambu aos poucos novamente começam a buscar a mobilização. Algo, de forma lenta, começa a ocorrer nas escolas da cidade.
Em 2009 inicia-se de fato a organização de nossa categoria em nossa região. Com o apoio da subsede de Pouso Alegre, os trabalhadores começam a se mobilizar, realizando as primeiras reuniões na cidade a partir de junho, congregando colegas de Caxambu, Baependi e Cruzília.
Inicia-se então os trabalhos pela reconstrução da subsede Caxambu. Mas uma ideia era consenso: a categoria ainda enfrenta dificuldades para se organizar, e as expectativas eram apenas de médio e longo prazo. Essa conclusão foi exposta em reunião com a nova diretoria estadual em fevereiro de 2010.
Contudo, uma nova fase se iniciava. Os constantes ataques a categoria criou um clima de insatisfação e revolta. Não dava mais para aguentar a desvalorização perpetrada pelo governo, principalmente após a aprovação da Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério, que em Minas Gerais continua não sendo cumprida. Esse clima acabou gerando a grande greve do magistério em 2010.
Do ponto de vista da organização, essa greve logrou em criar uma consciência coletiva entre os trabalhador em educação em nossa região. A comissão pró-subsede assumiu a direção do movimento em Caxambu e nas cidades próximas, tornando-se referencia e aglutinando mais e mais companheiros. Após a greve, o conselho geral do Sind-UTE/MG aprovou a re-criação da subsede Caxambu em maio de 2010, e a fundação foi oficializada em assembleia regional em 05 de junho de 2010. Na ocasião elegeu-se a primeira diretoria provisória, que ficaria até as eleições de 2012.
Gestão 2013 - 2015
Gestão 2013 - 2015
A subsede Caxambu esteve nas principais mobilizações organizadas pelo sindicato a nível estadual. Em 2013 esteve junto a categoria na mobilização pelo Piso Salarial Nacional, realizando intenso trabalho de base na região, como também organizando caravanas para as manifestações em Belo Horizonte durante a Copa das Confederações, lembrando à sociedade mineira e brasileira o descaso do governo com a educação. Também esteve nas manifestações de 2013, disputando a consciência dos trabalhadores e da juventude para o campo progressista.
Em 2014 a subsede começou a investir na dinamização da atuação sindical. Ao lado do trabalho de base entre os trabalhadores em educação, buscou realizar diversas atividades de formação em conjunto com outros movimentos sociais, como os debates sobre o Dia Internacional das Mulheres e sobre os 50 anos do Golpe civil-militar de 1964. Além disso, estreitou relações com diversas outras categorias de trabalhadores, como os servidores públicos municipais de Caxambu, e co-dirigiu a mobilização e a greve da categoria, fato inédito na cidade. Nesse ano, a subsede investiu na divulgação da campanha salarial da
rede estadual, divulgando outdoors pela cidade e intervindo nos meios de comunicação, mantendo acessa a luta pela valorização profissional, além da luta contra a terceirização dos serviços internos das escolas, que provocaria a demissão de milhares de companheiros ASB's. E terminamos o ano debatendo com a categoria a democratização das SRE's, elegendo a nova diretora II da superintendência de Caxambu.
O ano de 2015 começou com a mobilização permanente da categoria na luta pelo Piso Salarial Nacional em Minas. A subsede Caxambu realizou trabalho de base nas escolas da região visando a campanha salarial e organizou atividades locais e caravanas para as mobilizações em Belo Horizonte. Essa luta culminou na conquista histórica da Lei 21.710/15, que apesar de ainda limitada, representou uma vitória histórica dos trabalhadores em educação mineiros pois finalmente o piso foi conquistado.
Também nesse ano se efetivou o projeto "A Casa dos Movimentos Sociais", que tem como objetivo apoiar e fomentar o desenvolvimento dos diversos movimentos sociais (sindical, estudantil, popular, etc.) em nossa região. Apoiamos a realização do I Encontro Estudantil do Circuito das Águas, de atividades de formação pedagógica alternativa, palestras, as eleições do Sindsep/MG em nossa cidade e demais outras intervenções da classe trabalhadora local.