No dia 15 de março (quarta-feira) terá início a Greve Geral Nacional da Educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e por seus sindicatos filiados (entre eles o Sind-UTE/MG). A pauta que unifica todos os educadores brasileiros é a luta contra a Reforma da Previdência.
A PEC 287 (Projeto de Emenda Constitucional 287) impõe mudanças drásticas nas regras previdenciárias no país, retirando direitos fundamentais dos trabalhadores: aumenta o tempo mínimo de contribuição (de 15 para 25 anos para aposentaria proporcional), equipara a idade mínima para homens e mulheres (65 anos) desconsiderando a realidade da dupla jornada das mulheres trabalhadoras,restringe a aposentadoria com o valor integral somente com no mínimo 49 anos de trabalho e contribuição ao INSS, impõe o fim da aposentadoria especial integral para professores aos 25 anos de trabalho, equipara das regras entre o Regime Geral de Previdência e os Regimes Próprios (dos servidores públicos), e põe fim a aposentadoria específica dos trabalhadores rurais.
Em todo o país os trabalhadores dos mais diferentes ramos profissionais estão se mobilizando contra a Reforma da Previdência. Isso significa que irão a luta, com movimentos, manifestações e greves. Somente essas ações drásticas conseguirão pressionar o governo federal e o Congresso Nacional a não aprovar essa reforma.
É preciso que essa luta seja unificada e massificada. Não podemos ficar a parte dela, pois as conseqüências de não participar significará a derrota de todos, e os prejuízos serão enormes. Não adiantará chorar depois ou procurar culpados. A hora é agora.
A greve é o nosso direito. É um instrumento importante de luta e uma arma a ser usada em nossa defesa, e a legislação protege o direito de greve, como previsto na Constituição Federal em seu artigo 37 inciso VII, como também na Lei Federal 7.783/89.
Sabemos das conseqüências de um movimento grevista na educação: reposição de aulas, ameaças de corte, etc. Porém, o que são esses receios diante da perda de nossa aposentadoria? Precisamos colocar isso na balança. Valerá a pena sacrificarmos hoje para defender um direito que usufruiremos no futuro; nós, nossos filhos, nossas futuras gerações.
O Sind-UTE/MG já comunicou oficialmente o governo do Estado e a subsede Caxambu estará comunicando a Prefeitura Municipal, dando respaldo jurídico para a nossa ação, e evitando problemas legais.
Estamos chamando uma manifestação com assembléia unificada da rede estadual e da rede municipal de educação, para às 11 horas de quarta (15/03) na praça central. Nesse dia decidiremos coletivamente nossas ações. É importante a sua participação. A abstenção de alguns também prejudicará a todos. SOMENTE A LUTA MUDA A VIDA! UNIDOS, SOMOS MUITO MAIS FORTES!
Sind-UTE/MG subsede Caxambu