
Em Minas Gerais essa realidade torna-se mais dura. Além de todos esses ataques, o governo estadual assedia, oprime e reprime os trabalhadores docentes que ousam se levantar diante da destruição da educação pública. Essa semana, a Secretaria de Estado da Educação, por meio de seus agentes, desencadeou uma ofensiva que buscou intimar parte de nossa categoria. Mesmo sendo proibidas as práticas anti-sindicais, ocorreram diversas formas de coerção contra os professores que estavam aderindo à paralisação. Isso tem que ser denunciado imediatamente.
Em Caxambu conseguimos a adesão de um importante número de professores. As duas principais escolas estaduais da cidade tiveram suas atividades paralisadas parcialmente, a mercê dos ataques do governo. Isso é importante, pois demonstra o grau de insatisfação e vontade de fazer algo por parte de nossa categoria. Além disso, a cidade mandou representantes para participarem da assembleia estadual em Belo Horizonte.
ASSEMBLEIA: Nesse dia ocorreu a assembleia estadual dos professores, convocado pelo seu sindicato, o Sind-UTE/MG. Mesmo diante de tantos ataques, a categoria conseguiu mobilizar 4 mil professores de diversas regiões de Minas, demonstrando a resistência contra a ditadura mineira.
Em assembleia, os professores aprovaram extensa pauta de reivindicações e um calendário de lutas, que prossegue até o dia 05 de junho, com indicativo de greve, quando realizam nova Assembleia.

Sind-UTE MG conquista direito de opção para exigência curricular
Após a regulamentação da hora-atividade na rede estadual (Lei Estadual 20.592/12, Decreto 45.126/13), a Secretaria de Estado da Educação passou a obrigar os professores a assumirem aulas além do seu cargo de 24 horas semanais. Esta obrigatoriedade se deu através de exigência curricular. Desta forma, obrigatoriamente os professores, com dois cargos, passaram a fazer 60 horas semanais.

O sindicato conquistou antecipação de tutela tornando facultativa as aulas a título de exigência curricular. Isso quer dizer que o professor não é obrigado a trabalhar jornada que exceda que exceda 24 horas. Esta é uma importante conquista da categoria. Muitos professores estavam obrigados a trabalhar até 60 horas semanais.
Estudantes de Caxambu realizam manifestação em defesa da valorização dos professores e por educação pública de qualidade
No segundo dia da greve nacional, estudantes do ensino médio das escolas Polivalente e Ruth Martins fizeram uma pequena manifestação em apoio aos professores que estão em luta pela valorização da carreira. A palavra de ordem entoada
pelos estudantes foi que para se ter uma educação de qualidade, é necessária a
valorização do professor, incluindo aí a sua remuneração.