Nos dias 23, 24 e 25 de abril irá ocorrer a Greve Nacional da Educação. É um momento convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE – e pelos sindicatos estaduais da educação (como o Sind-UTE/MG). Serão dias em que os professores e trabalhadores em educação darão seu recado aos governos, em prol do piso salarial, carreira, profissionalização, justiça e qualidade da educação.
O poder público, todo ano, gasta milhões de reais em propaganda e divulgação, apontando o quanto a educação vai bem. Segundo o governo estadual, a educação de Minas Gerais é uma das melhores do Brasil. No entanto, esse discurso reflete a verdade?
É uma triste realidade a que vivemos. Os nossos salários estão aquém de nossas mínimas necessidades. Nossos planos de carreira foram destruídos, nossas condições de trabalho são desconsideradas. E diante de tudo isso cada vez mais o governo nos oprime e nos assedia. Não somente os professores, mas os supervisores, diretores e demais funcionários também sofrem de tal abuso cotidianamente. A burocratização e a desumanização do processo educacional no interior das escolas aprofundam-se cada vez mais, provocando o desanimo e o esgotamento emocional e físico dos profissionais da educação. Estamos em uma situação crítica. Como podemos garantir uma educação de qualidade sob tais circunstâncias?
É por isso que os professores e trabalhadores em educação de nossa região precisam participar dessa paralisação. Lógico que os problemas não se resolverão em três dias, mas precisamos dar o nosso recado aos governantes. É preciso demonstrar claramente a nossa indignação e a nossa capacidade de mobilização, e por meio dela dizer que "não se pode colocar a cangalha nos professores" como tem feito até agora.
Com certeza, essa greve significa a paralisação das atividades escolares nesses três dias. Muitos irão dizer – e se contrapor ao movimento – alegando o prejuízo que nossos alunos poderiam ter. Discurso esse compartilhado pelo governo (e pela SEE/MG) e usado para derrotar a mobilização. Contudo, é importante lembrar que a luta pela valorização dos professores e trabalhadores em educação é um passo fundamental na construção de uma educação pública de qualidade. Precisamos agir hoje para garantirmos um futuro melhor para os nossos jovens. São três dias paralisados (e que serão repostos), mas que pode repercutir em um futuro melhor para todos.
Professores, supervisores, bibliotecários, diretores, secretários e funcionários de escola, a mobilização coletiva é importante para a construção de uma sociedade justa e igualitária. E nós devemos ser os protagonistas dessa tarefa. UNIDOS, SOMOS MUITO MAIS FORTES!