quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Sind-UTE/MG denuncia descaso do Governo para com a Educação e a saúde dos trabalhadores

Caso da professora Rosimary que precisou de medida liminar para conseguir atendimento médico em hospital conveniado com Ipsemg, em Uberlândia, continua repercutindo  

Depois de passar 25 dias internada no Hospital e Maternidade Madrecor, em Uberlândia, entidade conveniada com o Instituto dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), aguardando a liberação dos procedimentos para a cirurgia, a professora Rosimary Costa Araújo Maximiano enfim foi operada no dia 07 de outubro. A cirurgia foi realizada com sucesso, ela recebeu alta, dois dias depois e se recupera em casa, na companhia de familiares. 

Rosimary só conseguiu o atendimento médico após denunciar a situação ao Ministério Público, garantindo a liberação para a cirurgia por meio de um mandado de segurança. Tudo isso, por que o IPSEMG se negou a cobrir o custo do procedimento cirúrgico, no valor estimado de R$ 8 mil.

A professora fraturou o ombro direito em três lugares no dia 12 de setembro, o que ocasionou a perda de todos os movimentos do braço. Com a ajuda do marido aposentado ela procurou o atendimento no Madrecor, hospital que recebe servidores públicos estaduais, através de convênio com o IPSEMG. Foi informada de que deveria ser internada com urgência, já que corria o risco de ter o braço amputado, caso evoluísse para uma infecção grave.

Absurdo maior foi a professora ter que aguardar 25 dias, com o braço direito imobilizado e totalmente dependente para atividades rotineiras como se vestir, por exemplo, controlando as dores a base de medicamentos, para que a direção do IPSEMG, por força dei, fosse obrigada a realizar a cirurgia. Mesmo com a ação do advogado, do acompanhamento político do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Geais (Sind-UTE/MG), subsede Uberlândia e das denúncias na mídia, a burocracia estadual fez com que a professora aguardasse 25 longos dias de agonia e incertezas. 

A educadora está indignada com descaso por parte do governo do Estado, uma vez que contribui muitos anos com o Instituto, sendo descontada nos dois cargos que trabalha. “Foi muita humilhação e descaso que passei, eu e a minha família, pretendo entrar na Justiça pedindo reparação danos morais”, afirma. 

Rosimary Costa é professora da Rede Estadual de Ensino há 15 anos, tendo começado a lecionar na cidade de Curral de Dentro, no Vale do Jequitinhonha (Superintendência Regional de Ensino de Almenara). Em 2012, ela foi transferida para Uberlândia, onde é professora na Escola Estadual José Zacarias Junqueira e supervisora pedagógica na Escola Estadual Teotônio Vilela. Rosimary tem duas filhas que residem em Brasília e ela mora com o marido aposentado. A demora no laudo médico ocasionou atraso na substituição da professora na escola, prejudicando também os alunos.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira repudia atitude do governo e afirma que o departamento jurídico do Sindicato dará toda assistência necessária à professora. “È um verdadeiro absurdo o descaso com que o governo mineiro trata a educação e a saúde do funcionalismo público estadual. Por isso denunciamos e a sociedade precisa conhecer a verdadeira realidade do estado e cobrar investimentos nos diversos segmentos como saúde e educação. São direitos e a sociedade mineira merece respeito e dignidade.”

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