quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Ato público contra a PEC 241 e a MP/746 (contra-reforma do Ensino Médio)

Estamos diante do maior ataque à escola pública desde que os direitos sociais foram conquistados na Constituição de 1988. O Governo ilegítimo de Michel Temer ataca o financiamento da educação por meio da Proposta de Emenda à Constituição 241, que foi aprovada na Câmara dos Deputados e agora segue para votação no Senado. Ataca os direitos da categoria através da proposta de Reforma da Previdência que será encaminhada ao Congresso Nacional a qualquer momento. Tenta impor a desprofissionalização docente ao determinar por intermédio da Medida Provisória 746, que não é preciso formação para ser professor no Ensino Médio. Se estas e outras medidas do governo ilegítimo se concretizarem estaremos diante da maior privatização da educação, as políticas nacionais do Piso Salarial, de carreira e de concursos públicos estarão comprometidas em estados e municípios.


Entendendo estes riscos, desde o primeiro semestre de 2016, o Sind-UTE/MG tem atuado fortemente na resistência contra estas medidas, já previstas no Programa do PMDB “Uma ponte para o futuro”. Por isso, a direção do Sindicato, além de atuar nas pautas específicas da categoria, também propôs a participação nas lutas gerais e nacionais. A efetivação das propostas do governo Temer significará mais dificuldades nas próximas campanhas salariais educacionais nos estados e municípios. As principais votações destas medidas estão previstas para novembro deste ano. Por isso, é necessário intensificarmos a mobilização.

Os estudantes secundaristas e universitários compreenderam o que está em risco e através das ocupações, que se multiplicam em todo o país, resistem e denunciam o que está acontecendo.

Num grande ato unificado, nessa terça-feira (25/10), trabalhadores e trabalhadoras em educação, sob coordenação do Sind-UTE/MG e estudantes que ocupam as escolas públicas, Universidades e Institutos Federais de várias cidades mineiras participaram das atividades e fizeram relatos das ocupações e lutas em suas regiões.


A estudante da Escola Estadual José Ignácio de Souza, Ana Terra Castro Lima, uma das líderes da ocupação na sua escola, em Uberlândia, onde 22 escolas estão ocupadas neste momento, falou que a mobilização acontece de maneira democrática e conta com a adesão de pais, professores e alunos. “Todos que conhecem de perto o que a PEC 241 pode significar para as nossas vidas, para a nossa educação, apoiam o movimento. Eu tenho vergonha dessa gente que está promovendo tudo isso! Não vamos dar arrego enquanto essa PEC não cair.”





Fotos: Lidyane Ponciano / Sind-UTEMG

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