Os/as trabalhadores/as em educação de Minas Gerais não têm dúvidas de que só a luta garante conquista. Prova disso foi a grande mobilização que fizeram nesta sexta-feira (5), véspera de Carnaval, na Cidade Administrativa.
Caravanas de servidores da educação vindas de todas as regiões do Estado deram o tom de como será o enfrentamento que farão ao governo caso o acordo assinado em maio de 2015 e transformado na Lei estadual 21.710/15, não seja cumprido.
A mobilização surpreendeu! Vieram caravanas de todas as regiões do estado. Belo Horizonte, Betim, Contagem, Unaí, Ribeirão das Neves, Brumadinho, Esmeraldas, Jaíba, Varzelândia, Bocaiúva, Montes Claros, Espinosa, Porteirinha, Januária, Salinas, Capinópolis, Santa Vitória, Ituiutaba, Araguari, Uberlândia, Sacramento, Uberaba, Patos de Minas, Araxá, Viçosa, Muriaé, Ubá, Ouro Preto, Ponte Nova, Juiz de Fora, Conselheiro Lafaiete, Carangola, Campo Belo, Varginha, Passos, Caxambu, Diamantina, Turmalina, Capelinha, Medina, Itaobim, Almenara, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Manhuaçu, Caratinga, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Divinópolis e Sete Lagoas foram algumas das subsedes/cidades presentes.
Mais de 1.000 trabalhadores participaram da atividade, que teve como objetivo cobrar retorno do governo sobre o imediato pagamento do reajuste do Piso Salarial (11,36%) conforme acordo assinado pelo governador, Lei estadual 21.710/5 e Portaria do Ministério da Educação, o pagamento do salário do mês de janeiro dos ex-efetivados, a ampliação do número de nomeações de concursados com a mudança na política da perícia médica do Estado, a situação dos 8.000 servidores ex-efetivados adoecidos que foram desligados do Estado, reversão das punições relacionadas à greve das Superintendências Regionais de Ensino e a retomada do diálogo da pauta da categoria.
Com pratos vazios simbolizando que a educação tem fome de Piso Salarial, os educadores ocuparam a Cidade Administrativa onde, no final da manhã, dirigentes do Sind-UTE/MG foram recebidos pelos representantes do Governo do Estado: Secretários Odair Cunha, (Governo) e Macaé Evaristo (Educação), numa reunião intermediada pelo deputado Rogério Correia, líder da Maioria na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
O primeiro ponto da reunião foi o pagamento do reajuste do Piso Salarial. O Sind-UTE/MG questionou sobre como o governo encaminhará o reajuste do piso salarial e o governo alegou que faltam estudos a serem concluídos pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). A reunião foi suspensa e inicialmente foi remarcada para 17 horas e posteriormente remarcada para a próxima quinta-feira (11/02), às 15h, na Cidade Administrativa.
No próximo dia 20 de fevereiro, o Sindicato realiza o seu primeiro Conselho Geral, em Belo Horizonte. Na oportunidade, a categoria vai tirar um calendário de lutas a partir das respostas do governo.
A manifestação, que foi também contra à política de parcelamento dos salários, teve grande repercussão na mídia, com cobertura "in loco" de vários veículos da grande imprensa (rádios, jornais, TVs) e da mídia alternativa (blogs e sites).
A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG durante entrevista à imprensa
Trabalhadores em Educação fazem mística do prato vazio. "Temos fome de Piso Salarial" (05/02/16)
Coordenadora-geral do Sind-UTE/MG fala sobre as principais demandas dos/as educadores/as
Caravanas de educadores vindas de todas as regiões do Estado marcaram presença no Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte (05/02/16)
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