A assembleia específica reuniu cerca de mil servidores das Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e do Órgão Central da Secretaria de Estado da Educação no dia 26 de Agosto, no saguão da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Das 47 SREs em todo o Estado, há greve em 46, além de paralisação de servidores do Órgão Central.
Num primeiro momento da assembleia, a direção estadual fez uma retrospectiva de todo o movimento deste ano e respondeu às falas de gestores da Secretaria de Educação que, em reunião interna, orientaram as SREs no sentido de que a greve não seria legal e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) estaria quebrando o Acordo assinado em 15 de maio de 2015.
A direção do Sindicato fez a leitura de todo o Acordo assinado, indicando, inclusive, as cláusulas em que o Governo não havia cumprido plenamente, por faltarem procedimentos administrativos que deveriam ter sido feitos. As falas dos gestores não correspondem à realidade e uma leitura do Acordo demonstra isso. O item 18, por exemplo, prevê “discussão das carreiras dos servidores das SREs e Órgão Central da Secretaria de Estado da Educação (SEE)”. Na sequência, foi apresentada uma correspondência enviada pelo Governo do Estado, reconhecendo o movimento e as reivindicações e agendando uma reunião de negociação para o dia 10 de setembro. A notícia foi recebida pela Assembleia com muito otimismo e expectativa de que haverá avanços na negociação com o Governo.
Num segundo momento da reunião, os presentes se reuniram por região, para fazerem um balanço da greve, adesão, ações desenvolvidas e discutirem as próximas atividades.
Quadro de adesão
A mobilização continua forte. Confiram os índices de adesão à greve por região:
Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste
Uberlândia – 75%; Monte Carmelo – 20%; Ituiutaba – 27%; Uberaba – 60%; Patrocínio – 9%; Patos de Minas – 15%; Paracatu – 36%, Unaí – 75%.
Vale do Aço
Manhuaçu - 50%; Caratinga – 70%; Nova Era – 10%; Guanhães – 49%; Coronel Fabriciano – 15%.
Vale do Rio Doce, Mucuri e Jequitinhonha
Araçuai – 86%; Almenara – 32%; Governador Valadares – 90%; Teófilo Otoni: 88%; Diamantina: 85%.
Zona da Mata
Leopoldina: 80%; Juiz de Fora: 98%; Carangola: 70%; São João Del-Rei: 70%; Ponte Nova: 80%; Ubá: 75%; Ouro Preto: 35%; Muriaé: 50%; Conselheiro Lafaiete: 80%; Barbacena: 58%.
Sul de Minas e Centro-oeste
Pouso Alegre: 85%; Itajubá: 8%; Campo Belo: 73%; Poços de Caldas: 50%; Varginha: 15%; Passos: 38%; São Sebastião do Paraíso: 70%, Pará de Minas: 30%; Divinópolis: 98%.
Belo Horizonte e Calcária
Metropolitana A: 68%; Metropolitana B: 50%; Metropolitana C: 75%; Órgão Central: 15%; Sete Lagoas: 69%; Curvelo: 64%.
Após a assembleia, os servidores das SREs e Órgão Central deram um abraço simbólico na ALMG, como iniciativa coletiva, política, em defesa do que é público e do compromisso para com a educação mineira.
Calendário de ações e luta
Na ocasião, os servidores das SREs e do Órgão Central também votaram estratégias e ações para o movimento grevista até o próximo dia 10: participação nos Fóruns Regionais que o Governo tem realizado no Estado, bem como em outras reuniões do Executivo, além de manter mobilização local e regional, buscando aumentar a adesão ao movimento, que tem sido crescente desde o início e também dar visibilidade ao movimento com atos regionais.
A categoria participará do Grito dos Excluídos no dia 07 de setembro. Já no dia 10 de setembro, às 10h, haverá vigília, paralelamente à reunião de negociação com o Governo, na Cidade Administrativa. De lá, os manifestantes retornam à ALMG, onde o Sind-UTE/MG realiza nova assembleia da categoria, para definir os rumos do movimento, às 15 horas.
Fotos: Lidyane Ponciano/FotoImagem