O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas (Sind-UTE/MG) participa nesta quarta-feira (21/06), às 15h, no auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais de uma audiência pública, promovida pela Comissão Permanente de Administração Pública, em Belo Horizonte.
A finalidade é debater sobre a situação caótica de atendimento do Ipsemg, em Uberlândia, tendo em vista a falta de hospital credenciado para atendimento nesse município, há mais ou menos dois anos.
Essa audiência foi pedida a requerimento do deputado Rogério Correia, atendendo a uma solicitação do Sindicato, que tem feito diversas diligências para garantir atendimento, inclusive, acionado o Ministério Público Estadual.
A coordenadora da Subsede do Sind-UTE/MG em Uberlândia e diretora estadual, Elaine Cristina Ribeiro, explica que não há mais como suportar a falta de atendimento. Já são mais de 35 mil pessoas atingidas entre usuários e familiares. “Em Uberlândia e na Região do Triângulo Mineiro, hoje, não temos nenhum hospital que atenda pelo Ipsemg. Nós já fizemos diversas ações, o Sind-UTE já acionou o Ministério Público na esperança de conquistarmos esse benefício.”
Ainda segundo ela, durante sete anos, o atendimento foi feito pelo Hospital Madrecor de Uberlândia, depois, por um ano, o atendimento passou a ser feito pelo Hospital Santa Catarina e a partir daí não houve mais assistência.
Atualmente, o atendimento prestado se restringe a clínicas médicas, consultas eletivas e fisioterapias, ou seja, apenas serviços básicos. “Estamos relegados à própria sorte. Não há atendimento de urgência, nem de emergência. O governo não tem acenado com esse benefício, mas nós continuamos a contribuir para o Ipsemg. Os hospitais não se interessam pelo credenciamento e a situação chega ao absurdo das pessoas morreram no meio do caminho em busca de atendimento fora da nossa região”, denuncia a diretora estadual do Sind-UTE/MG.
A diretora estadual e coordenadora do departamento Jurídico do Sind-UTE/MG, Lecioni Pereira Pinto, ressalta a importância da audiência de hoje, lembrando que a saúde do/a trabalhadora é primordial. “Uberlândia, há muito tempo, está na luta para que esse problema da falta de atendimento seja resolvido. O que nós queremos é um hospital regional, que dê conta de atender às reivindicações dos trabalhadores. Nós contribuímos todos os meses e é justo que tenha esse atendimento de forma que as demandas da região sejam atendidas.”
Da reunião de hoje há uma expectativa de que sejam apontadas soluções para essa questão e Lecioni Pereira Pinto destaca que, nem o governo e nem os hospitais, não estão dando a devida importância para o problema. “Enquanto isso, os/as trabalhadores/as estão sofrendo com essa falta de pronto atendimento em Uberlândia, que é uma cidade polo e que atende a várias cidades da região. Nós queremos um atendimento ambulatorial urgente”.
Convidados
Para a audiência pública que será realizada nessa quarta-feira foram convidados/as: Hugo Vocurca Teixeira, presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais, Fernando Rodrigues Martins, promotor de Justiça - 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Uberlândia, Maxuel Russo Navarro, diretor superintendente do Hospital e Maternidade Madrecor - Uberlândia; Guilherme Rodrigues Silva, administrador do Hospital Santa Marta - Uberlândia; Paulo César Caciquinho, diretor do Uberlândia Medical Center - UMC; Aveni Godrim Júnior, gestor de faturamento e contrato do Hospital Santa Genoveva - Uberlândia; Júlio César do Amaral, supervisor comercial do Hospital Santa Clara - Uberlândia; Placidino Stábile de Oliveira, diretor-presidente do Hospital Santa Catarina de Uberlândia; Maria Abadia de Souza, presidente do Sindicato dos Servidores do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais, Carlos José Bueno, diretor do Sintder, Lecioni Pereira Pinto, diretora Estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, Elaine Cristina Ribeiro, coordenadora da Subsede do Sind-UTE de Uberlândia, Alexandre Paulo Pires, presidente do Conselho de Beneficiários do Ipsemg.