A greve continua por tempo indeterminado na rede estadual. Essa foi a decisão aprovada na Assembleia Estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), que reuniu milhares de educadoras e educadores, representantes de todas as partes do estado, nesta quinta-feira (12/3/2020).
O pátio da Assembleia Legislativa ficou lotado com a categoria, que reivindicou aos parlamentares da Casa a derrubada do veto do governador Zema às Emendas ao Projeto de Lei (PL) 1.451/2020, que garantem isonomia salarial a todo funcionalismo público e o Piso Salarial Profissional Nacional à Educação.
A coordenação-geral do Sindicato apresentou o percentual de 69% das escolas estaduais atingidas pela greve, com aumento das instituições totalmente paralisadas. Ressaltou-se que o movimento cresce em todo estado e constrói unidade com o funcionalismo para exigir a valorização do serviço público e dignidade remunerativa.
Com cartazes e faixas, educadores e educadoras também reafirmaram a defesa do emprego e do direito a uma educação pública de qualidade social.
Mesmo com o anúncio do governo do Estado sobre o pagamento do 13° 2019 aos profissionais que recebem até R$ 3 mil líquidos, o Sind-UTE/MG afirmou que não é suficiente pois cerca de 50 mil trabalhadores/as seguem sem o direito.
Após a votação, foi aprovado o seguinte calendário de lutas:
– 13 a 17/3 – intensificar a mobilização, diálogo com as comunidades , visitas às escolas e participação em audiências públicas nas Câmaras Municipais
– 14/3 – Participar das manifestações em protestos aos dois anos do assassinato de Marielle Franco
– 18/3 – Assembleia Estadual e participação do Ato da Greve Nacional da Educação
Posicionamentos:
– Nota de Repúdio ao assassinato do militante Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) de Uberlândia, Daniguel de Oliveira
– Moção de Apoio à greve deflagrada pelo Sind-REDE/BH
Fotos: Isis Medeiros/Sind-UTE/MG
Comando de Greve Estadual é realizado pela manhã
No parte da manhã, as trabalhadoras e os trabalhadores em educação estiveram na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde participaram do Comando de Greve Estadual.
Na ocasião, foram levantados os enfrentamentos a serem feitos no próximo período, com destaque para a derrubada do veto do governador Zema às Emendas ao PL 1.451/2020.
FotoStudium/Sind-UTE/MG