Na novela das 19 horas “ O Tempo Não Para”, a Rede Globo de Televisão tenta de maneira, nada sútil, desconstruir a conquista do Concurso Público como forma de acesso ao Emprego Público e também imputar aos Educadores a responsabilidade pelas mazelas da Educação em nosso país.
Na trama, as personagens Miss Celine, preceptora, e Marocas, filha de um poderoso senhor, ambas, vindas do Brasil do Século XIX, visitam uma escola municipal para tentar matricular as irmãs de Marocas e arrumar um emprego para Miss Celine.
A Escola retratada não possui uma boa manutenção, faltam livros e não há mais vagas e, subitamente, tudo isso é relacionado à impossibilidade da preceptora em lecionar na escola, pois, os contratos se dão por meio de Concurso Público ao invés de questionar, por exemplo, a Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos sociais por 20 anos.
A fala das personagens é de que a seleção deveria ser dos mais competentes e capacitados. Mas não é exatamente esse o intuito do Concurso? Ou a Globo defende as designações?
Por meio de nossa luta e organização, conseguimos a efetivação de mais de 50.000 educadores/as concursados/as nos últimos quatro anos, tornando nossa categoria, pela primeira vez, composta de mais efetivos/as do que contratados/as temporários.
Mais do que nunca, é necessário derrotar o Golpe Parlamentar, Jurídico, Midiático e reverter as Reformas Trabalhistas e a Terceirização Irrestrita.
Repudiamos a tentativa de desqualificação dos/as educadores/as brasileiros/as e a política de sucateamento dos serviços públicos conduzida pela Rede Globo de Televisão.