A 19ª edição do Grito dos Excluídos reuniu, em Belo Horizonte, centenas de pessoas, representantes dos movimentos sindicais, sociais e da juventude. Este ano, teve como tema “Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular”.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) esteve presente e, denuncia que o Estado não cumpre os 25% de investimento em educação, conforme determina a Constituição Federal. Nos últimos 10 anos, o governo deixou de investir R$ 8 bilhões para o setor.
A CUT/MG esteve presente, com representantes de várias categorias, a exemplo de metroviários, eletricitários, bancários, além de dirigentes do MST, atingidos por barragens. Também participaram militantes de outras centrais sindicais.
O Plebiscito Popular pela Redução de Tarifa de Energia e do ICMS, previsto para outubro e as ações contra o Projeto de Lei 4.330/2004, que torna a terceirização ilimitada foram bandeiras defendidas pela CUT/MG nesse sábado, durante o Grito dos Excluídos. O Plebiscito acontece de 19 a 27 de outubro.
A concentração aconteceu debaixo do viaduto de Santa Tereza e contou com apresentação mística, com falas e música. O secretário da Juventude da CUT/MG, Ederson Alves da Silva, declamou o poema “Açúcar”, de Ferreira Gullar.
Os manifestantes também repudiaram o extermínio dos jovens no Brasil, o monopólio da comunicação pela Globo e outras emissoras, além da violência contra as mulheres, a criminalização dos movimentos sociais e defenderam políticas públicas para a juventude, em especial nas áreas de educação, cultura e saúde.
Encerrando a concentração antes da caminhada, falou o bispo Dom Luiz Gonzaga, que destacou o amor e a solidariedade necessários para a transformação tão desejada pelas pessoas e a importância da mobilização da sociedade.
A passeata, que teve início às 11h30, percorreu a Avenida dos Andradas, a Praça da Estação, as Ruas Gaicurus e São Paulo e a Avenida Afonso Pena, antes de ser encerrada na Praça Sete.
A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira participou do ato e destacou a importância de articulação dos movimentos no cumprimento de leis em defesa da classe trabalhadora e de toda a população. “A unidade no Grito dos Excluídos tem contribuído na busca de impedir o avanço do neoliberalismo em Minas e a perda de direitos dos trabalhadores. Este ano, destacamos o investimento dos 25% de impostos para a educação e a luta ferrenha contra a terceirização, extremamente prejudicial aos trabalhadores. Outra bandeira é o plebiscito, que acontecerá em outubro, estamos mobilizando a sociedade, já que, em Minas, se paga uma das mais caras contas de luz do país.”
O Sind-UTE/MG participou de vários atos no dia da Independência em todo o Estado. Além da capital, as manifestações e atividades aconteceram nas cidades de Barbacena, Bocaiuva, Bom Despacho, Capinópolis, Carangola, Caratinga, Ipaba, Cataguases, Caxambu, Diamantina, Divinópolis, Esmeraldas, Montes Claros, Frutal, Governador Valadares, Ipatinga, Itaobim, Janaúba, Juiz de Fora, Manhuaçu, Muriaé, Mutum, Nanuque, Ouro Preto, Lagoa da Prata, Passos, Patos de Minas, Poços de Caldas, Ribeirão das Neves, Salinas, Sete Lagoas, São João del-Rei, Teófilo Otoni, Uberaba, Uberlândia, Unai.