Estudantes e operários estão apostados em fazer abortar polémica lei de Sarkozy
Ao início da tarde de ontem, quando já 3,5 milhões de pessoas contestavam na rua, a nível nacional, a política de Sarkozy, o seu primeiro-ministro, François Fillon, garantia na Assembleia Nacional que o Governo está "decidido a levar até ao fim" a reforma em causa. Na véspera, o Senado aprovara, por 174 contra 159 votos, a idade mínima da reforma de 60 para 62 anos. Aprovado foi também o aumento de 65 para 67 da idade mínima para receber na totalidade a pensão de reforma.
Fillon aproveitou a ocasião para acusar a oposição de esquerda de "irresponsabilidade" por ter colocado "jovens de 15 anos na rua", numa alusão à participação de alunos e estudantes no protesto contra Sarkozy, que regista uma baixa na sua popularidade.
Para além da novidade da participação dos jovens estudantes ao lado dos seus professores, as greves foram ontem significativas em dois sectores estratégicos do país: os caminhos-de-ferro e a energia. A Sociedade Nacional dos Caminhos-de-Ferro revelou, a meio da tarde, que 40% dos seus funcionários estavam em greve - os sin- dicatos elevaram a fasquia para 54% - e que apenas um comboio de alta velocidade (em três) circulava entre Paris e a província. No que toca aos transportes aéreos, foram anulados 30% dos voos no Aeroporto de Roissy e 50% no de Orly, ambos em Paris - cidade cujos transportes paralisaram.
Por outro lado, 11 das 12 refinarias francesas aderiram à greve sem, no entanto, esta paralisação ter tido consequências no aprovisionamento do combustível. O movimento grevista poderá, porém, prolongar-se em algumas delas, assim como noutros sectores da sociedade, se Sarkozy não der sinais de recuo.
A esperança de que aconteçam cedências é partilhada por muitos que recordam como, em Dezembro de 2008, o poder abandonou um projecto de reforma então contestada no ensino secundário e, em 2006, renunciou mesmo a uma lei que já fora votada e que se prendia com os contratos temporários para os jovens.
"Sarko, vamos tratar da tua reforma", foi uma das palavras de ordem gritadas pelos milhares (330 mil, segundo os sindicatos) de manifestantes que desfilavam ao fim do dia em direcção à Bastilha.
Bernard Thibault, secretário- -geral da Confederação-Geral dos Trabalhadores (CGT), considerou o dia de ontem como o "mais forte" em termos de adesão à greve desde que começou o movimento de protesto contra a lei da reforma.
Nova greve de transportes foi já convocada para hoje. Outras greves poderão ocorrer até sábado, dia de novas manifestações.
Ao início da tarde de ontem, quando já 3,5 milhões de pessoas contestavam na rua, a nível nacional, a política de Sarkozy, o seu primeiro-ministro, François Fillon, garantia na Assembleia Nacional que o Governo está "decidido a levar até ao fim" a reforma em causa. Na véspera, o Senado aprovara, por 174 contra 159 votos, a idade mínima da reforma de 60 para 62 anos. Aprovado foi também o aumento de 65 para 67 da idade mínima para receber na totalidade a pensão de reforma.
Fillon aproveitou a ocasião para acusar a oposição de esquerda de "irresponsabilidade" por ter colocado "jovens de 15 anos na rua", numa alusão à participação de alunos e estudantes no protesto contra Sarkozy, que regista uma baixa na sua popularidade.
Para além da novidade da participação dos jovens estudantes ao lado dos seus professores, as greves foram ontem significativas em dois sectores estratégicos do país: os caminhos-de-ferro e a energia. A Sociedade Nacional dos Caminhos-de-Ferro revelou, a meio da tarde, que 40% dos seus funcionários estavam em greve - os sin- dicatos elevaram a fasquia para 54% - e que apenas um comboio de alta velocidade (em três) circulava entre Paris e a província. No que toca aos transportes aéreos, foram anulados 30% dos voos no Aeroporto de Roissy e 50% no de Orly, ambos em Paris - cidade cujos transportes paralisaram.
Por outro lado, 11 das 12 refinarias francesas aderiram à greve sem, no entanto, esta paralisação ter tido consequências no aprovisionamento do combustível. O movimento grevista poderá, porém, prolongar-se em algumas delas, assim como noutros sectores da sociedade, se Sarkozy não der sinais de recuo.
A esperança de que aconteçam cedências é partilhada por muitos que recordam como, em Dezembro de 2008, o poder abandonou um projecto de reforma então contestada no ensino secundário e, em 2006, renunciou mesmo a uma lei que já fora votada e que se prendia com os contratos temporários para os jovens.
"Sarko, vamos tratar da tua reforma", foi uma das palavras de ordem gritadas pelos milhares (330 mil, segundo os sindicatos) de manifestantes que desfilavam ao fim do dia em direcção à Bastilha.
Bernard Thibault, secretário- -geral da Confederação-Geral dos Trabalhadores (CGT), considerou o dia de ontem como o "mais forte" em termos de adesão à greve desde que começou o movimento de protesto contra a lei da reforma.
Nova greve de transportes foi já convocada para hoje. Outras greves poderão ocorrer até sábado, dia de novas manifestações.