terça-feira, 29 de outubro de 2019

Sind-UTE/MG denuncia o Plano de Atendimento de Zema, que precariza e fecha turmas na rede estadual de ensino



Na última sexta-feira, 25/10/2019, o governador Romeu Zema, por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), apresentou o novo Plano de Atendimento à Educação. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) faz a denúncia da proposta, que trata-se de um mecanismo de fechamento de turmas e precarização do ensino público gratuito na rede estadual.

É preciso que todas as comunidades escolares e organizações trabalhistas entendam, com clareza, que o Plano fechará turmas, salas de aula e matrículas nas escolas de todo o estado, trazendo mais superlotação e menos qualidade de ensino.

A coordenação-geral do Sindicato ressalta que a medida desmonta uma política pública geracional, com consequências maiores nos anos iniciais, especialmente, no 1º ano do ensino fundamental às turmas de seis anos.

Nesse sentido, a mobilização contra mais esse ataque é urgente. No próximo dia 6/11/2019 haverá uma vigília de pressão para a reunião de negociação da direção estadual com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e essa pauta se somará à luta.

Em 6 de novembro, faremos a cobrança do pagamento integral do 13º de 2019 e do Piso Salarial Profissional à categoria, a defesa do emprego e do direito, inegociável, dos filhos e filhas da classe trabalhadora terem de estudar com qualidade e gratuidade.
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Histórico de ataques do governo Zema à educação pública

O governador Zema foi responsável pelo corte de 81 mil vagas no programa Escola de Tempo Integral, o que provocou a demissão de mais de nove mil educadoras e educadores, no primeiro semestre desse ano.

O Sindicato também recebeu a denúncia de que a SEE/MG, por meio das Superintendências Regionais de Ensino (SRE’s), negou matrículas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Levando em consideração o perfil dos/as estudantes, isso provocou mais evasão escolar.

Já no início do segundo semestre, a gestão anunciou o fechamento de 225 salas de aula com a política de fusão de turmas, sob a perspectiva de vagar espaços que atenderiam alunos para reforço escolar. O Sind-UTE/MG acompanhou a visita técnica da Comissão de Educação Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) à Escola Estadual Santos Dumont, atingida pela medida, em 28/8/2019.

Nada de melhorias encontradas. Apenas salas de aula superlotadas e quentes, organizações de formatura dos/as alunos/as desconsideradas, educadores/as adoecidos e mais demissões.

Quanto ao repasse de 25% da receita corrente líquida do Estado para a Educação, Zema cumpre pouco mais de 17%, além de não apresentar nenhuma proposta de pagamento do 13º de 2019 e do Piso Salarial, ainda que o faça para outras categorias do funcionalismo.

A gestão atual marca um novo tempo de ataque à educação pública. Em contrapartida, o Sind-UTE/MG também segue, pelo tempo que for necessário, na luta pela manutenção da educação de qualidade social enquanto uma obrigação do Estado.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Sind-UTE/MG participa de debate sobre designação de professores e a situação de escola estadual de Governador Valadares


Nesta quinta-feira, dia 24/10/19, o Sindicato Único dos Trabalhadores e Educação (Sind-UTE/MG) participa, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, de uma audiência pública, promovida pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia para debater a metodologia e os critérios adotados pela Secretaria de Educação para o processo de designação de 2020.
O requerimento para a realização da reunião é da presidenta da comissão, deputada Beatriz Cerqueira (PT). O pagamento do 13º e o parcelamento dos salários também serão abordados na ocasião.
Ás 15 horas, a Audiência Pública debaterá a situação do quadro de pessoal da E.E São Tarcísio, em Governador Valadares. A deputada  Beatriz Cerqueira apresentou requerimento para a Audiência para ouvir a comunidade sobre a situação vivida na escola desde junho deste ano, quando houve mudança no quadro de pessoal da escola.
“Há informação que há quatro meses a instituição, que atende 78 alunos-38 dentro da Obra Social Cidade dos Meninos e 34 no anexo do assentamento Oziel Alves Pereira-  está sem coordenação e sem  professores para atuar na biblioteca e eventualidade”, relata a parlamentar.
A comunidade entende que, somando a unidade central e anexo, a escola atende os critérios da Secretaria de Estado da Educação para a contratação desses profissionais,  mas a medida não é aprovada pela SEE.
A ausência de gestão escolar, segundo professores da E.E. São Tarcísio, acarreta vários prejuízos como a falta de recursos para a merenda, para telefone e para a aquisição de material básico de secretaria  como papel e, toner para impressoras. Além do atendimento aos alunos, a redução do quadro de pessoal também cria incertezas para os servidores que estão cumprindo período probatório.
Para o Sind-UTE/MG esse quadro remete à política geral implantada pelo governo Zema, que promove o sucateamento da escola pública, redução do quadro de pessoal e desvalorização do servidor e dos serviços públicos .
Acompanhe aqui:

terça-feira, 22 de outubro de 2019

6 de novembro – Vigília pelo pagamento Piso Salarial e 13º de 2019, com paralisação total das atividades

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) convoca toda a categoria, SRE’s e Órgão Central para a vigília de luta pelo pagamento do Piso Salarial e 13º de 2019, que será realizada na Cidade Administrativa, às 14h, no dia 6/11/2019. A atividade acontece com paralisação total das atividades.

Na data, a direção estadual do Sindicato terá uma reunião de negociação com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag).

O Sind-UTE/MG reforça que é preciso seguir na cobrança pelo cumprimento da Constituição Federal, a Lei 21.710/2015 e a Constituição do Estado.

Nota de Repúdio à censura contra a Professora Adriene Gomes


O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), por meio dessa nota, solidariza-se com a professora  Adriene Gomes, vítima de constrangimento e tentativa de censura por parte do deputado estadual, Bruno Engler (PSL).
Por meio do Ofício 124/2019, assinado por ele e expedido pelo seu gabinete para a direção da Escola Municipal Sócrates Mariane Bittencourt, o parlamentar pede a “tomada de providências” contra professora de História, por ministrar conteúdos relativos à sua disciplina sem a anuência da família de um(a) estudante descontente com a metodologia da docente.
A Escola não pode abrir mão de seu caráter crítico, laico e democrático em razão do descontentamento pessoal de um ou outro indivíduo que não compreende o papel da ciência.
Solidarizamo-nos, mais uma vez, com a professora Adriene Gomes e repudiamos, veementemente, a postura do deputado Bruno Engler.

Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – Sind-UTE/MG

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Quadro de violência ameaça professores em Minas Gerais

No estado, mesmo apresentando diminuição, os casos impressionam, com uma média de 55 por dia, ou seja, dois a cada hora. Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram que, de janeiro a agosto deste ano, foram 13.334 ocorrências de infrações em instituições de ensino público municipal, estadual, federal e particular, além de creches, que envolvem danos a pessoas, entre eles ataques a professores e ao patrimônio. dia deveria ser de festejar, mas a realidade nas escolas é motivo de preocupação e reflexão. No Dia dos Professores, comemorado ontem, chama a atenção a realidade com a qual educadores têm de lidar e que vai muito além do ensino. Casos de violência já fazem parte do cotidiano escolar e não são raros os relatos de agressões de estudantes contra professores ou depredações das escolas. Esse cenário expõe a desvalorização dos profissionais que zelam pela educação. Em Belo Horizonte, a violência aumentou 6,3%, nos primeiros oito meses de 2019, em relação ao mesmo período de 2018.

De acordo com Paulo Henrique Santos Fonseca, diretor estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) e professor da rede pública há 13 anos, o problema da violência nas escolas é reflexo do que acontece na sociedade. “A violência que está na sociedade como um todo também vai parar dentro da sala de aula”, declara. Para ele, o desrespeito dos alunos e a falta de atenção nas aulas são alguns dos problemas. “Isso abre as portas em um primeiro momento para as agressões verbais”, comenta.

Ele alerta que a violência dentro e fora do ambiente escolar ocorre em todas as regiões do estado, portanto não é um desafio a ser enfrentado apenas por educadores, pais e alunos. “É uma questão social. Temos que fazer uma ação conjunta para propor políticas públicas para que as escolas possam cumprir seu verdadeiro papel, que é formar cidadãos”, destacou.

Casos de violência em escolas de Minas Gerais expõem a vulnerabilidade dos profissionais da educação. No início deste mês, duas ocorrências chamaram a atenção, uma na capital mineira e outra em Franciscópolis, na Região do Vale do Jequitinhonha. Em BH, um professor idoso foi agredido dentro de uma sala da Escola Municipal Marlene Pereira Rancante, no Bairro Alípio de Melo, Região da Pampulha. Um menino de 12 anos jogou uma caixa de plástico na cabeça do docente, que precisou ser levado a um hospital. Já em Franciscópolis, uma professora foi agredida com socos, chutes e puxões de cabelo. A violência foi cometida pela mãe de uma aluna.

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram que esses não são episódios isolados. Entre janeiro e agosto desse ano, as 13.334 ocorrências registradas em Minas Gerais mostram apenas um leve recuo em relação aos 13.364 registros do mesmo período de 2018. Em Belo Horizonte e cidades da região metropolitana, as ocorrências estão em alta. Foram 2.049 infrações na capital, contra 1.947, no ano passado. Na Grande BH, são 1.768 neste ano, contra 1.663, do período anterior.

Para o diretor estadual do Sind-UTE, os educadores vêm sendo feitos reféns do medo, porque não há políticas públicas para a segurança nas escolas. Ele acredita que os alunos causadores da violência não são assistidos como deveriam e os professores são mal remunerados. “A solução não é colocar mais policiamento nas escolas e instalar detectores de metal. Precisamos de uma equipe multidisplinar, com psicólogos e assistentes sociais que darão assistência não só para alunos, mas também aos professores”, afirma Paulo Fonseca.

Segundo o professor, favorecer uma cultura de paz nas escolas não se limita à eliminação da violência física. Ele acredita que a criação de espaços democráticos que ensinem aos estudantes como conviver com as diferenças e ações que promovam o protagonismo juvenil são importantes. “Precisamos substituir a repressão por meios que facilitem a convivência entre as pessoas. Temos à nossa frente uma luta que não é só pela categoria, mas pelo compromisso com a aprendizagem”, finaliza.


Fonte: Jornal Estado de Minas

Sind-UTE/MG conquista mais 1.000 nomeações para a Educação


terça-feira, 15 de outubro de 2019

Nota de Repúdio às declarações de Cláudio Humberto da Band News/DF


O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) repudia o áudio no qual o jornalista da Band News DF, Cláudio Humberto, critica a semana de outubro, direito dos docentes e estudantes como um recesso previsto no calendário, que permite o descanso a toda comunidade escolar.

Ressaltamos que essa semana é prevista e regulamentada por lei de cada ente federado, estados, municípios e União, e obedecem à Lei 9394/96, Lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDB).

Cumprimos os 200 dias letivos, previstos legalmente tanto nas escolas públicas como privadas, e enfrentamos as mais adversas condições todos os dias. Grande parte da categoria trabalha em mais de um turno para conseguir sobreviver. O exercício da profissão exige estudos constantes, planejamento de aulas, sempre com o objetivo de oferecer o melhor aos estudantes, ainda que a carga horária se estenda para dentro de casa.

Não há de se falar em regalias ou privilégios a quem acolhe, sobretudo, aos filhos e filhas da classe trabalhadora e suas múltiplas histórias de desafios e lutas, muitas vezes, permeada de carências, sofrimento e dor.

Não bastasse a desvalorização nos salários e condições materiais adversas nas escolas, quem não entende de educação quer fazer crer que os/as educadores/as são os responsáveis pelo desenvolvimento pleno da área. Mais uma vez, somos alvo de ataques banais e sem qualquer reflexão sobre o baixo investimento.

Em Minas Gerais, por exemplo, o Sind-UTE/MG está na luta pelo pagamento do Piso Salarial Profissional há mais de 10 anos, um direito respaldado na Constituição Federal, na Lei estadual 21.710/2015 e na Legislação Estadual. Além disso, o governo do estado descumpre o investimento mínimo constitucional de 25% da arrecadação e 60% da categoria segue com vínculo precário de trabalho.

Por todas essas razões, repudiamos as estapafúrdias afirmações desse, que sequer merece o título de jornalista por não ser capaz de fazer uma ligeira investigação dos fatos antes de se pronunciar sobre o que não conhece.

Saudamos nossas categorias de Educadoras e Educadores, essenciais para a emancipação da classe trabalhadora!



Trabalhadores em Educação de Minas Gerais.
Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG)

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

15 de outubro - Dia do Educador e da Educadora


O dia 15 de outubro é muito especial para o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), porque celebra a educadora e o educador, a dedicação na docência, a luta pela valorização e a liberdade de aprender e ensinar fundamental na resistência da categoria em defesa da educação de qualidade.
O projeto “Escola com Mordaça” e a militarização das instituições de ensino ameaçam a autonomia escolar e a educação no estado e no país.
Nesse sentido, celebrar o dia 15 é lembrar que a liberdade de cátedra está na Constituição Federal, Art. 206, quando garante princípios básicos aos/às docentes, como a liberdade de pesquisa, de aprendizado, de pensamento, levando em conta o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
Celebrar o dia 15 é lembrar que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/96, resguarda ao/a educador/a perspectivas educacionais democráticas que respeitem à liberdade e aprecie a tolerância.
Quando celebramos o dia 15 de outubro, também reafirmamos que a luta feita em sala de aula é coletiva e se integra a todas/os profissionais que trabalham nas cantinas, no corpo administrativo, em todos os espaços que acolhem a comunidade escolar.
Ao longo dos 40 anos de batalhas e conquistas do Sind-UTE/MG, aprendemos que a celebração também se faz na resistência. Nesse momento, em que a educação é vista pelos executivos do Estado e União como inimiga, ressignificamos essa data como o *Dia da Resistência da Professora e do Professor e do conjunto dos Educadores.
Seguiremos convictos e convictas de que o legado deixado por Paulo Freire nos torna mais livres e mais justos/as .  Porque “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Audiência Pública no dia 24 de outubro para debater a metodologia e os critérios que serão adotados pela Secretaria de Educação para o processo de designação de 2020

A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG - sob a presidência da deputada estadual Beatriz Cerqueira - realizará Audiência Pública no dia 24 de outubro para debater a metodologia e os critérios que serão adotados pela Secretaria de Educação para o processo de designação de 2020.

O Sind-UTE/MG subsede Caxambu convida todos os trabalhadores em educação (professores e servidores) para participar dessa audiência que debaterá a nossa profissão. Entre em contato conosco pelo e-mail sindutecaxambu@hotmail.com

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Sind-UTE/MG - Informe Jurídico Nº 01/2019 sobre ação judicial concurso público 2014

Os editais do concurso para a Secretaria de Estado da Educação publicados em 2014 já tiveram o prazo de validade prorrogado por mais 2 (dois) anos. Dessa forma, os editais nº 02/14, 03/14 e 05/14 seguem em vigor até o dia 25.09.19 e, o edital nº 04/14, encontra-se com prazo final em 29.10.19.
Assim, diante do enorme número de cargos vagos na rede estadual de ensino e considerando que ainda há inúmeros candidatos com aprovação prévia em concurso público aguardando as respectivas nomeações, o Departamento Jurídico do Sind-UTE ajuizará ações judiciais para os candidatos aprovados nos editais de 2014, objetivando a respectiva nomeação e posse.
Confira o documento clicando aqui.
E para que o Sindicato tenha conhecimento da situação de seus filiados, está disponível um formulário a ser preenchido pelos/as candidatos/as. Clique aqui e acesse.

Nota de repúdio às agressões sofridas por uma professora em Franciscópolis

sábado, 5 de outubro de 2019

Eleições para os Conselhos Tutelares


sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Voto de Congratulações pelos 40 anos do Sind-UTE/MG – Celebrando a trajetória revolucionária do Sindicato

“Esse ano comemoramos 40 anos de história e lutaremos pelos próximos 40. Luto é um verbo presente na educação.” Assim a coordenação-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) recebeu o diploma referente ao voto de congratulações da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, na noite da última terça-feira, 1/10/2019, em Belo Horizonte.
A atividade, requerida pela deputada Beatriz Cerqueira, foi um reconhecimento do Poder Legislativo à trajetória do Sindicato na defesa dos direitos trabalhistas e na luta por uma educação pública de qualidade social. “Celebrar nossa memória em tempos de obscurantismo político é um ato revolucionário. Por isso, devemos reconhecer a importância do Sind-UTE/MG, que tanto nos ensinou o papel da luta sindical para emancipação da classe trabalhadora.”
Caravanas de várias partes de Minas vieram com servidores/as da educação para acompanhar a cerimônia, que mostrou o início do Sindicato em 1979, quando foi fundada a União dos Trabalhadores do Ensino (UTE) e, posteriormente, a criação em 1990.
Quem representou a categoria para receber a honraria foi a coordenadora-geral, Denise Romano. “Parafraseando com Paulo Freire, a educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo. E nós somos essas pessoas que trabalham e enxergam na educação a chance de mudar o mundo.” Ela ainda falou que, apesar do contexto no âmbito federal e estadual ser um dos mais difíceis para  povo brasileiro, o Sind-UTE/MG seguirá incansável na luta, reconhecendo a história como lição para as batalhas que serão travadas contra a usurpação de direitos.
Várias entidades da luta social e trabalhista estiveram representadas na audiência. Ao final de cada intervenção, os/as presentes entregaram uma homenagem aos fundadores e fundadoras da UTE.
Confira a fala de cada um/a nesse momento especial e de celebração do Sind-UTE/MG:
“Antes de ser petroleiro, eu sou professor e leciono há 20 anos. É difícil, enquanto educador, não sentir orgulho de ser representado por esse Sindicato. Combativo e da resistência, que unifica as lutas da classe trabalhadora com todo funcionalismo público.”
Cristiano Almeida Pereira, diretor do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro/MG)
“Eu participo de lutas conjuntas com Sind-UTE/MG desde 1993, quando fizemos a primeira greve geral unificada dos servidores públicos de Minas Gerais em mais de 70 dias de resistência. Tenho muito orgulho dessa parceria, que mostrou para todos que a classe trabalhadora só perde quando não está mobilizada.”
Lindolfo Fernandes – Ex-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco/MG)
“Construímos muita coisa juntos com o Sind-UTE/MG ao longo dos anos. Um dia me perguntaram porque participei da greve dos 112 dias, em 2011. Tive orgulho de dizer que não sou professor de formação, mas de coração. Agradecemos muito pela oportunidade de ter lutado ao lado de lideranças que coordenaram esse importante Sindicato. Vida longa ao Sind-UTE/MG.”
Jairo Nogueira – Secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG)
“Lembro que, em 2011, o processo de reforma agrária estava parado no Estado e os assentamentos do MST com ordens de despejo. A educação enfrentava um governo sem diálogo e contrário à pauta de reivindicações. Aprendemos juntos que a luta não pode ser isolada. Tornamo-nos mais fortes quando unificamos as lutas.”
Márcio Chacau De Tal – Dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
“Este é o sindicato de massa que trabalha em unidade com os movimentos sociais. Vi o Sind-UTE/MG se transformar com a greve de 1979 e se edificar em 1988. Hoje somos o maior do estado de Minas Gerais. Aprendemos muito ao longo da caminhada e trago um abraço de luta de toda a direção da CNTE.”
Marilda de Abreu Araújo – Diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE)
“Essa instituição nos inspira muito com sua capacidade de luta e capilaridade em todo o estado. Sempre somos questionados sobre o alcance do Levante e a construção de lutas em Minas. Nossa resposta é a parceria com o Sind-UTE/MG. Quero dizer que a juventude mineira é muito feliz por estar de mãos dadas nas disputas!”
Paulinha Silva – Militante do Levante Popular da Juventude
“O Sind-UTE/MG, junto a toda categoria, é o herói da resistência em Minas Gerais. A postura dessa instituição em 2011 reorganizou a luta social no estado. O MAB agradece a cada um e uma que ensinou aos nossos filhos que a escola ficou pequena. Que o aprendizado está na rua, na institucionalidade, nos sindicatos. Obrigada, sobretudo às mulheres, maior parte dessa categoria.”
Soniamara Maranho – Coordenadora Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
“Não lembro de uma luta sindical que o Sind-UTE/MG não estivesse presente. Esse sindicato atravessa o tempo e se mantém engajado e comprometido. Viva o Sind-UTE/MG, viva a classe trabalhadora!”
Carlos Calazans – ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG)
Fotos: Gláucia Rodrigues/Sind-UTE/MG

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Sind-UTE/MG diz que: para oferecer uma educação pública de qualidade social, o Estado precisa compreender e respeitar a luta sindical!

É preciso inverter a lógica do governo quando ele diz: “Máquina de fazer dinheiro.” Nas palavras do governador Zema, durante entrevista concedida no último dia 26/9/2019, a luta da educação é resumida por uma suposta incompreensão da categoria com a situação financeira da gestão estadual. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) não só reafirma que a luta extrapola qualquer simplificação, como exige respeito por parte do Estado.
A categoria se reuniu com a Secretaria de Estado de Planejamento de Gestão e com a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), no dia 25/9/2019, quando foi levada a pauta de reivindicações, em especial sobre o pagamento do Piso Salarial Profissional. Legítimo e respaldado legalmente, o direito está previsto na Constituição Federal, na lei estadual 21.710/2015, e na Constituição do Estado. Estamos há mais de 10 anos nessa disputa!
Estamos há mais de 10 anos nessa disputa, Romeu Zema segue descumprindo uma obrigação legal e não apresenta propostas! Descumpre, inclusive, o compromisso que ele próprio fez assim que tomou posse, com a mão sobre a Constituição Estadual.
O Sind-UTE/MG, com 40 anos de existência completados este ano, sempre entendeu a cobrança pelo cumprimento da Legislação como uma postura ético-política necessária no espaço de representação da maior categoria do funcionalismo público mineiro. Cobrar e negociar são processos que fazem parte da vigilância cidadã, do compromisso com uma educação de qualidade social para os filhos e filhas da classe trabalhadora.
Zema caracteriza a atual gestão como responsável pelo pior investimento dos últimos 17 anos na área, ainda que a Educação tenha recursos vinculados. Reivindicamos que sejam investidos 25% da receita corrente líquida na Educação, ao invés dos 17,45% apresentados no primeiro semestre de 2019.
Quando lembramos que, no primeiro semestre desse ano, num primeiro momento, foram cortadas 81 mil vagas na Escola de Tempo Integral, é porque sabemos as consequências para cada pai, mãe e estudante, que tiveram o direito à educação usurpado.
Quando lembramos que a SEE/MG atrasou a liberação de matrículas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), é porque essas pessoas podem não voltar quando as vagas tiverem disponíveis.
Quando nos colocamos contra a fusão de turmas, é porque 225 salas de aula fechadas causam superlotação e comprometem a qualidade do ensino.
Precarizam as condições de trabalho para educadoras/es. Só afirmamos isso, porque participamos da vida concreta e fazemos a escuta de quem está nas escolas. Professoras/es, diretoras/es, alunos, alunas e toda comunidade escolar.
Quando nos posicionamos contra demissões arbitrárias de educadoras/es, é porque acreditamos na liberdade de ensino e na luta trabalhista como princípios democráticos de sociedade.
Quando cobramos o fim do parcelamento de salários, pagamento no quinto dia útil, incorporação do abono, pagamento de férias-prêmio e não mais escolhas políticas na apresentação de propostas em relação ao Piso Salarial, é porque lutamos em unidade com todo o funcionalismo público mineiro e alguns acordos sociais não podem ser esquecidos.
Fortalecer a educação passa, necessariamente, por propiciar a dignidade remunerativa e de trabalho.
A Educação é política pública geracional em que a displicência administrativa produz consequências graves para milhares de mineiros/as hoje e nos próximos amanhãs.
A luta é árdua, mas necessária. Seguiremos incansáveis, pelo tempo que for necessário, para que nossa pauta de reivindicações seja atendida e compreendida enquanto luta pelo fortalecimento da pasta.
Cobramos porque conhecemos. Conhecemos porque participamos da vida concreta das pessoas que estão inseridas nesse contexto.
Participamos porque, para nós, o sonho de cada vida que se alia à Educação vale sim a pena!
Seguiremos juntos e juntas! Sempre!

3 de outubro – Ato contra o desmonte da educação pública no Brasil

No próximo dia 3/10/2019, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) participará do ato contra o desmonte da educação pública no Brasil. A concentração acontece a partir das 17h, na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte.

A manifestação é uma resposta de luta contra os cortes e privatizações das universidades, Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet’s), institutos federais e contra a violência nas instituições de ensino.

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