quarta-feira, 20 de junho de 2018

Professores ocupam as ruas do centro de São Lourenço São cerca de 300 professores paralisados e 1 mil alunos sem aula na cidade

JORGE EDUARDO MARQUES PEREIRA (https://www.slatual.com.br/noticia/professores-ocupam-as-ruas-do-centro-de-sao-lourenco)
20/06/2018 11:22

Professores se preparam para manifestação nas ruas da cidade/Foto: SL Atual


Os professores da rede estadual de ensino de São Lourenço saíram às ruas para manifestar contra o Governo do Estado devido a falta de pagamento dos salários. A manifestação foi no início da noite da última terça-feira, 19. A concentração foi na Praça João Lage.

O movimento, que ocorreu de forma pacífica e com o apoio da SL Trans e da Polícia Militar, teve o objetivo de chamar a atenção para o descaso com os educadores. Os salários estão sendo pagos em parcelas. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), o pagamento deveria ter sido efetuado no dia 13, o que não aconteceu.

“Na quinta-feira, 14, foi depositado R$ 1 mil na conta dos servidores ativos. Nesta terça, ele depositou R$ 500,00 na conta de alguns aposentados. O sindicato realizou uma assembleia em Belo Horizonte e ficou definido que vamos continuar com a paralisação até recebermos, ao menos, a primeira parcela do pagamento. Isso não tem data para acontecer e nós não voltaremos para as salas”, afirmou João Carlos Junqueira, representante do Sind-UTE de Caxambu.

Em São Lourenço, seis das sete escolas da rede estadual estão paralisadas. São cerca de 300 professores parados e seis mil alunos sem aulas. Na cidade só não está paralisada a escola São Francisco de Assis, que funciona dentro do presídio.
Ana Paula Prado Pereira é uma das centenas de professores que passa por uma situação complicada em casa devido a falta de pagamento do salário. Ela tem duas filhas e sua única fonte de renda são as aulas que ministra na rede estadual.

“Tive que abrir conta na quitanda, padaria e na mercearia, pois estou sem dinheiro para comer. Sou separada e tenho duas filhas. Já passei nas lojas e expliquei a minha situação. O pouco que recebi, o banco pegou a metade de um empréstimo consignado que havia feito”, disse a professora.



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