Sind-UTE/MG realiza ato na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte
“Governador,
pague o salário que nos deve!”, com essa chamada o Sindicato Único dos
Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) realiza ato no
próximo dia 5 de fevereiro.
A
atividade acontecerá na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, e
deve mobilizar os educadores e educadoras de todo o Estado, com
caravanas vindas de diversas as regiões. “Essa será a nossa primeira
mobilização do ano. Na verdade, vivemos hoje um momento de resistência
quando deveríamos já estar colhendo os frutos das conquistas alcançadas
com a Lei 21.710/15, a Lei do Piso, sancionada em 30 de junho, pelo
governador Fernando Pimentel”, alerta a coordenadora-geral do
Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira.
A
mobilização anunciada é motivada pelas recentes ações do governo do
estado e luta contra o parcelamento dos salários do funcionalismo, pelo
pagamento do mês de janeiro aos ex-efetivados da LC 100, pela imediata
aplicação do reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional (11,36%),
conforme o que foi assinado entre o governador e o Sindicato.
No
último dia 15, após dois meses de atraso na data do pagamento dos
servidores públicos (dezembro de 2015 e janeiro de 2016), o governo do
Estado fez uma reunião com entidades representativas do funcionalismo,
quando apresentou um cronograma de pagamento do funcionalismo para os
meses de fevereiro, março e abril deste ano.
Foi
uma reunião simplesmente para dar informes e não negociar. Após saírem
deste encontro, representantes do Sind-UTE/MG, Sind-Saúde e
Sindifisco-MG se reuniram na sede da CUT Minas, para definirem um
posicionamento conjunto sobre a questão. Há consenso de que a reunião
convocada pelo governo do Estado acabou por evidenciar um cenário
preocupante, que sinaliza para um ano difícil e que vai exigir dos
servidores muita luta.
“Para
enfrentarmos a agenda e essa forma de fazer política sem diálogo, o
funcionalismo público só terá uma saída: a mobilização, uma vez que esse
governo tem adotado a prática de simplesmente encaminhar informações ao
invés de escutar e construir para governar. Não aceitamos retrocesso,
queremos o cumprimentos do que foi assinado!”, destaca Beatriz
Cerqueira.
Suspensão de direitos adquiridos
Segundo a direção do Sindicato, é necessário avaliar para além da estratégia do
governo de dividir o funcionalismo, a extensão das medidas anunciadas.
Aqueles que não foram afetados pelo parcelamento de salários agora, nada
impede que não sejam num futuro próximo. “Há que se destacar também a
notícia que foi dada pelo governo e que foi pouco explorada: a suspensão
do pagamento de diretos já adquiridos pelos servidores, pontua a
coordenadora-geral do Sind-UTE/MG.
Pedido de reunião com a Seplag
O
Sind-UTE/MG aguardou a confirmação do agendamento de uma reunião com a
Seplag para tratar da imediata aplicação do índice do reajuste do Piso
Salarial Profissional Nacional (11,36%) retroativo a janeiro de 2016;
rateio de férias dos efetivados e perícia médica. A reunião não foi
agendada. A folha de pagamento do mês de janeiro já foi feita e o
reajuste do Piso Salarial não foi aplicado. E os efetivados não
receberão o salário do mês de janeiro, além da demissão de quem adoeceu.
A
mobilização do dia 5 de fevereiro tem o objetivo de pressionar o
governo e acontecerá na Cidade Administrativa a partir das 9 horas.