sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Metalúrgicos de São José conquistam vitória após greve de seis dias

fonte: sindmetalsjc.org.br


Após seis dias em greve, os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos levaram a montadora a recuar em seu plano de demitir imediatamente cerca de 800 funcionários. Os trabalhadores aprovaram em assembleia, nesta quinta-feira, dia 26, a proposta negociada nessa quarta-feira com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.

A proposta inclui lay-off por cinco meses com garantia de retorno, mais três meses de estabilidade no emprego, para 650 trabalhadores a partir do dia 9 de março. Os dias parados não serão descontados dos salários, apenas compensados no decorrer do ano. Além disso, não haverá nenhum tipo de retaliação aos grevistas. A empresa também aceitou retirar o pedido de interdito proibitório.

Durante o período de suspensão de contrato de trabalho, os trabalhadores receberão o salário integral, com direito à PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Com isso, a greve iniciada dia 20 chegou ao fim. Esta foi a maior paralisação ocorrida na GM de São José dos Campos, nos últimos 12 anos.

A mobilização foi deflagrada em razão do plano de demissão para 798 trabalhadores. A montadora havia apresentado apenas duas alternativas para o Sindicato: a demissão coletiva imediata ou após um lay-off de dois meses. As duas propostas foram recusadas, dando-se início à paralisação.

Demitiu, parou
Este ano, duas das maiores montadoras do país – Volkswagen e General Motors - tentaram realizar demissões em massa, mas tiveram de recuar após os trabalhadores entrarem em greve.

“A força da luta derrubou as demissões, mas a campanha em defesa do emprego tem de continuar em todo o país”, afirma o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

“Este cenário confirma a necessidade do governo federal tomar medidas imediatas em defesa do emprego. O Sindicato e a CSP-Conlutas defendem a edição de uma medida provisória, pela presidente Dilma Rousseff, garantindo estabilidade no emprego para trabalhadores de empresas que recebam incentivos fiscais, como é o caso das montadoras. Os ataques aos trabalhadores não podem continuar”, disse o secretário-geral da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

Apesar dos incentivos recebidos no último ano (entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015) as montadoras fecharam 12,8 mil postos de trabalho.

Fotos: Tanda Melo

Começaram as nomeações dos eleitos pela categoria nas Superintendências Regionais de Ensino

Na última quarta-feira saiu no Diário Oficial do Estado as primeiras nomeações dos colegas eleitos pela categoria nas diversas plenárias regionais organizadas pelo Sind-UTE/MG em todo o Estado de Minas. Em Caxambu, a eleita pelos trabalhadores em educação foi a professora Adelaide, que irá responder interinamente pela SRE. Parabenizamos a professora pela sua nomeação, que carrega consigo a esperança da categoria de uma nova forma, mais democrática e participativa, de gestão das políticas públicas educacionais em nossa região.

A sua posse representa uma importante vitória dos trabalhadores em educação mobilizados em todo Estado. Nos últimos meses, observamos tentativas de setores obscuros (entre eles, deputados e pessoas de má fé) de tentar barrar o processo democrático e perpetuar práticas de coronelismo e fisiologismo na educação, ao tentarem impor indicações baseadas em interesses políticos individuais. Por isso, nesse período, a atuação da coordenação-geral do Sind-UTE/MG junto ao poder público e a pressão da categoria foi fundamental para que se lograsse o processo.

Contudo, a nossa luta pela democratização na rede estadual ainda não terminou. Ainda falta a nomeação de demais outros que foram eleitos nas diversas regiões do Estado. Precisamos continuar nossa mobilização e pressão para que o governo respeite na integralidade as decisões coletivas das plenárias. Além disso, precisamos exigir a revogação da lei orgânica da certificação. Entendemos que a categoria e o sindicato não reivindicam a certificação do governo passado. O que queremos é que os cargos de direção passem pela aprovação do coletivo, essa é a melhor certificação que um diretor pode ter. 

O processo de democratização das SRE’s não pode terminar aqui. A nossa luta, além da valorização profissional (salário e carreira), também é por uma educação pública, gratuita e de qualidade. E isso é fruto da construção coletiva e social da educação. E também não podemos mais aceitar as antigas práticas irracionais que transformam a vida dos professores e dos demais funcionários em martírios punitivos.

Exigimos: não mais fechamentos de turmas; não mais precarização das condições de trabalho; não mais desrespeito ao direito de mobilização e luta por salários dignos!

Por isso, conclamamos a todos os colegas a participarem das atividades convocadas pelo sindicato.

Elejam seus representantes de escolas e SRE. Participe você também dessa luta. SOMENTE A LUTA MUDA A VIDA! UNIDOS, SOMOS MUITO MAIS FORTES!

A hora de pagar: a divida do governo com os professores

A dívida do governo com os professores é o tema do artigo da coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, publicado no jornal O Tempo no dia 26/02/15. Clique na imagem abaixo e confira o pdf.

http://www.sindutemg.org.br/novosite/files/26-02-2015-Clipping-O-Tempo-Caderno-Opiniao-Pag-19.pdf

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

EDITAL DE ABERTURA DE INSCRIÇÕES - PROCESSO SELETIVO (funcionário)


EDITAL DE ABERTURA DE INSCRIÇÕES
PROCESSO SELETIVO
Sind-UTE/MG – SUBSEDE CAXAMBU

EDITAL Nº 001/2015

A direção do Sind-UTE/MG – Subsede Caxambu, no uso de suas atribuições legais e com vistas ao atendimento de necessidade de serviço de secretaria e apoio administrativo na sede do sindicato, torna pública a realização do Processo Seletivo Simplificado para contratação de pessoal.

        1.  Seleção de 01 (um) auxiliar de secretaria com formação de nível médio, que reúna conhecimentos na área de informática, domínio da Língua Portuguesa e noções contábeis.

  1. Objetivo  da contratação:
A contratação de auxiliar de secretaria de nível médio com vínculo empregatício CLT, por tempo determinado de um ano (período de experiência de três meses), podendo ser estendido, para executar atividades de secretaria, de telefonia e de organização da sede do Sind-UTE/MG – Subsede Caxambu, localizada à Rua Dr. Enout, nº 193, Centro, Caxambu, CEP: 37.440-000, no período de 13h às 17h, de 2ª a 6ª feira.


  1. Requisitos necessários
Contar com idade igual ou superior a 18 (dezoito) anos;
Boa comunicação (oral e escrita);
Domínio da informática - “Microsoft Office” principalmente  Word e Excel;
Capacidade de  redação própria e iniciativa;
Facilidade de relacionar-se com as pessoas;
Disponibilidade para o trabalho aos sábados, em substituição de dia;
Visão de conjunto, capacidade de articular diversas demandas e atividades, e de atuar em equipe.


  1. Condições salariais e benefícios
O salário corresponderá à remuneração de meio salário mínimo vigente, resguardados todos os benefícios previstos na legislação trabalhista, proporcional ao valor a ser pago.


  1. Inscrição do/a candidato/a
Enviar currículo, pelo e-mail  sindutecaxambu@hotmail.com  até às 18 horas do dia 27 de fevereiro de 2015, apenas via internet,  Assunto: Inscrição/Trabalho
OBS: O Sind-UTE/MG – Subsede Caxambu não se responsabiliza por inscrições não recebidas, por qualquer motivo de problemas na internet.
O envio do currículo vale como demonstração expressa de aceitação e conhecimento pelo/a candidato/a de todas as condições e exigências constantes deste Edital.   

6. Seleção
O processo seletivo será realizado por uma Comissão de Seleção e constará de duas etapas: avaliação do Curriculum Vitae e avaliação presencial. Em nenhuma das etapas do processo seletivo caberá recurso.

Na primeira etapa, de avaliação dos currículos, os/as profissionais serão selecionados/as  segundo critérios de experiência profissional, formação acadêmica e cursos complementares relacionados ao objeto da contratação.

Os/as profissionais selecionados/as para a segunda etapa,  serão convocados/as, para uma avaliação presencial, que constará de uma entrevista individual.
O local, dia e hora da avaliação presencial serão posteriormente divulgados.

Sind-UTE/MG – Subsede Caxambu não arcará com  qualquer  despesa  dos/as candidatos/as.

Sind-UTE/MG – Subsede Caxambu não fornece  qualquer documento comprobatório da análise do currículo ou da avaliação.

7.       Contratação

A contratação é imediata e será definida de comum acordo com o profissional selecionado(a).
Os casos omissos serão resolvidos pela comissão de seleção.


Caxambu, 23 de fevereiro de 2015.

Cássio Diniz Hiro
Coordenador-geral do Sind-UTE/MG – Subsede Caxambu

versão PDF

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Debate: Curitiba quente, Paranauê Paraná: uma crônica da pulsão plebeia

Adriano Del Duca e Betto della Santa
(artigo originalmente publicado no blog Convergência)

Cantar com alegria, Paraná.” (Um toque de ladainha popular para jogo de capoeira Angola.)


Confusão. Medo. Desorganização. Um clima de tensão generalizada atravessa a manhã do dia 12 de fevereiro entre os e as parlamentares pró-tratoraço.[1] Uma reunião urgente do alto escalão do governismo paranaense é então convocada, via aplicativo de celular. Com a sede do Legislativo cercada por manifestantes e grevistas, a poucos metros de Judiciário e Executivo, deputados estaduais a favor da austeridade agrupam-se em um QG, algo improvisado, do governo do estado.
Existe algo de novo sob o Sol. Os de cima já não podem como podiam.
“O único jeito de vocês chegarem lá e eu garantir a segurança –  e até a vida de vocês – é assim.” entourage governista durante onze dias a fio de aguda crise social e política no Paraná. A sede fica a, aproximadamente, 6km de distância do Palácio Iguaçu, Centro Cívico. Um camburão-blindado, com escolta de Polícia Militar (PM) e Batalhão de Operações Especiais (Bope), lá os aguardava.
A diretiva partiu do Secretário de Segurança Pública do estado do Paraná Fernando Francischini, dirigindo-se a um grupo de pouco mais de 30 parlamentares, sitiados no que a imprensa local chama de “sede alternativa do governo de estado”. O “Chapéu Pensador” é um prédio projetado e utilizado pelo ex-governador Jaime Lerner, construção de madeira e vidro cercada por mata nativa – no Parque da Companhia Paranaense de Energia Elétrica, Bairro do Bigorrilho –, no qual se enfurnou a
Entre constrangidos e consternados uma minguada base de apoio ao assim-chamado “pacote de maldades” de Carlos Alberto Richa, bem como seus assessores mais próximos, estava reunida durante toda a manhã, para uma análise de conjuntura urgente, convocada via Whatsapp. 12 de fevereiro foi o auge de maior temperatura política dos acontecimentos das lutas de classe a, de fato, abalar as estruturas de poder do estado sulista. A ocupação do Legislativo por uma maré de gente atuante e solidária à greve geral – do funcionalismo público – foi tão multitudinária e combativa que a Polícia Militar se negou a cumprir ordem do Judiciário para a reintengração de posse. Com ex-indíces de aprovação altíssimos + eleição em primeiro turno, o PSDB estadual não esperava tamanha resistência. E parece que não podia dispor de um pior plantel tático-estratégico.
Após discorrerem sobre a férrea necessidade de aprovar em regime de emergência os projetos de lei – com políticas de austeridade –, debaterem a debandada da base de apoio e as dificuldades óbvias de realizar uma votação parlamentar dentro de um Legislativo abertamente conflagrado, a solução foi sugerir o transporte com um carro de choque, aparentado ao caveirão carioca. O uso de vans, sem insulfilme fumê, fora descartado; posto que os grevistas divulgaram amplamente as fotos dos parlamentares pró-tratoraço. O pavor da multidão falou mais alto do que a cautela política. Todas declarações disponíveis sobre o assunto foram dadas sob cláusula de confidência. O pacto de silêncio, travado no interior do veículo, envolveu uma bastante sintomática exigência: não chamar o veículo por camburão. Mas a imagem foi – de fato – maior do que qualquer palavra.
“Achei meio deprimente entrar naquele ônibus; parece coisa de regime de exceção”, disse Luiz Carlos Martins, que foi com o carro do Chefe da Casa Civil Eduardo Sciarra, seu correligionário. Cobra Repórter conta que foi em seu carro particular, seguindo o ônibus. “Entendo que estavam pensando na nossa segurança. Mas me senti mal de entrar nesse ônibus”, afirmou Cobra Repórter. O blindado do Bope seguiu absolutamente superlotado, no trajeto, até o Centro Cívico da cidade. Numa experiência pouco usual para o habitus parlamentar e os poucos ossos do ofício deputados estaduais apertaram-se de pé, no interior do camburão, como trabalhadores, rumo à jornada de trabalho. A maior tensão teve início perto da sede, onde e quando se esparava algum conflito. A escolta da PM cortou grades do entorno para evitar a entrada principal. Tão-só dez metros do falso portão – aberto à força –  um cordão de isolamento da tropa de choque, e, coragem alguma.
Conta-se que alguns temiam pela própria vida, abjuravam da decisão de subir no carro e, sobretudo, perguntavam-se como seria a volta. Gritos histéricos e lancinantes misturavam-se a ordens diretas para que se removesse o manifestante, em deitaço de protesto, diante do veículo. O Secretario de Segurança foi – pessoalmente – aplicar-lhe uma chave de braço, ao que foi muito aplaudido e aclamado pelos parlamentares já sem decoro de nenhum tipo. Deputados apavorados começaram a sair de dentro do veículo de cabeças baixas e com passo acelerado. A comparação agora se dá com pessoas presas que, ao sair do camburão policial em direção às delegacias, não pensam duas vezes em proteger os rostos das câmeras e dos microfones da imprensa. A cena da descida do carro e da entrada na Assembléia Legislativa do Paraná (ALP) dificilmente deixará a memória coletiva de manifestantes. Não é todo dia que um tratoraço se transforma em camburaço. Ou, que um deputado sente medo. 
…e do lado de cá
O dia 12 de fevereiro tinha tudo para repetir o episódio de 1988 – em agosto desse ano o então governador, Álvaro Dias, enfrentou trabalhadores em educação com bombas e cavalos em Curitiba –  dada a forma e o conteúdo do ingresso dos parlamentares no Legislativo do Paraná. A votação em fast-track dos dois projetos – 06/2015 e 60/2015 – estava anunciada para as 14h. Só não se sabia, ao certo, o seu local. Alguns informes difusos anunciavam que o Canal de Música da TV Educativa estaria cercado de policiais, assim como as ruas da zona, telegrafando que a votação poderia acontecer ali. A deliberação do Comando Geral de Greve foi bloquear todas as entradas da ALP – e, também, as do Tribunal de Justiça – para impedir que, novamente, os deputados usassem o espaço físico do refeitório do prédio. A indignação só fez crescer, e crescer.
Em um dos portões do estacionamento oficial do Tribunal de Justiça os manifestantes – com o consentimento dos vigias (e da própria PM) – revistavam o porta-malas de cada um dos veículos de magistrados que pudessem trazer algum deputado, escondido, para a votação.O que pouco a pouco se quedava claro era que as distrações desviavam o foco da atenção para o modo como os deputados entrariam na Assembleia. Em uma das esquinas o alambrado foi rompido por policiais e, sem muitos percalços, os deputados forçaram a entrada, sob escolta policial. A PM e o Bope fizeram um cerco, em torno das entrada e da entrada clandestina da ALP. No lugar escolhido havia poucos ativistas. Mas, em pouco tempo, a moral plebeia se reagruparia no local. Podia-se entrever a presença dos deputados. Vultos efêmeros se moviam nos arredores. A indumentária os denunciava. Então sprays de pimenta, e algumas bombas, foram atirados de dentro do camburão.
Em meio ao caos, a precipitação da chuva aumentou, houve confrontos eventuais, bombas de gás e incipiente corre-corre. Mas chuva, blindados, Bope e PM não foram o suficiente para que a multiudão perdesse terreno. A juventude e os servidores multiplicaram-se, agigantados. Houve desmaios, ferimentos e exaltação de ânimos. Em direção ao pátio de entrada e à rampa de acesso manifestantes avançaram palmo a palmo. Braços ao alto – nenhuma disposição em recuar – e a PM tentando refazer sua formação; atabalhoada, confusa. A PM, que ao longo da semana demonstrou respeito o bastante pela mobilização (PMs, pela lei, não podem aderir à greve), não davam quaisquer mostras de buscar a agressão deliberada. Ao fim e ao cabo, recuaram. Sprays, bombas e cacetetes não fizeram defeccionar uma massa convicta da justeza de sua reivindicação.
Quando o pátio e a rampa da ALP foram tomados veio novo informe: a suspensão temporária do pacotaço, até a segunda-feira depois do Carnaval, dia 23. O portal da APP-Sindicato na rede expôs o documento – firmado pelo Diretor-Geral da Casa Civil – no qual se atesta que os projetos foram retirados de votação e enviados para revisão. O caminhão sindical de som, em frente ao Palácio Iguaçu, deu a palavra a deputados oposicionistas e deputados governistas que romperam com o Quartel General de Richa. Superando em muito direções sindicais e políticas, majoritariamente do PT e da CUT, servidores estaduais, com trabalhadores em educação e estudantes secundaristas à frente, deram uma resposta política e social impensável antes das jornadas de junho. O programa macroeconômico ao qual se enfrentam não é diferente daquele aplicado pelo Palácio do Planalto e/ou a Troika e o Banco Central Europeu. Os insurgentes da Praça Sintagma ateniense – e o tic-tac da madrilenha Puerta Del Sol – ganham eco e repercussão no país.
Alegria. Rebeldia. Vigília. Curitiba, capital do frio brasileiro, nunca foi tão quente. Os ônibus fretados que deixam a cidade rumando às cidades do Norte pioneiro, do Centro-Oeste e do Litoral do estado, viajam com trabalhadores e jovens exultantes e orgulhosos. Um rubicão foi cruzado. Sessões clandestinas do Parlamento, governadores em “autoexílio”, camburões com deputados e PMs recuando não são fenômenos cotidianos das lutas sociais e políticas nesse país. O ano novo começou antes do Carnaval. Os de baixo já não admitem como admitiam.

*Com informações de Gazeta do Povo, Mídia Ninja, APP-Sindicato, CSP-Conlutas, ANEL, Blog do Esmael e depoimentos do movimento de greve / ocupação de servidores estaduais do PR.


[1] O conjunto de projetos de lei com políticas de austeridade – calote salarial a 1/3 de férias, o assalto armado à previdência social de 200mil servidores, a destruição final da educação escolar, brutal (e invulgar) restrição orçamentária em Ciência e Tecnologia, ataque frontal à autonomia universitária, não-pagamentos e não-contratações – foi encaminhado ao Parlamento em regime de urgência (Comissão Geral) para aligeirar a sua respectiva aprovação sem debate prévio e comissões específicas. O “pacote de maldades” enfrentou-se, então, a uma greve geral do funcionalismo público do estado do Paraná, com trabalhadores em educação à vanguarda de todo movimento grevista.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Correção da carta sobre a devolução do imposto sindical aos filiados do Sind-UTE/MG

Segue abaixo a carta corrigida, sobre a devolução do Imposto Sindical aos filiados do Sind-UTE/MG. Para visualizar e imprimir o documento, clique na imagem ao lado.










Prezado/a filiado/a, 

O objetivo desta correspondência é prestar contas sobre o imposto sindical descontado compulsoriamente no seu contracheque no mês de março dos anos de 2009, 2010, 2011 e 2012, bem como informar a deliberação do 8º Congresso do Sind-UTE/MG, realizado em Poços de Caldas no período de 21 a 24/07/09, sobre a devolução do que foi descontado. Importante ressaltar que os servidores aposentados não sofreram o desconto do imposto sindical

Desde 2009, o Governo do Estado realiza o desconto do imposto sindical dos servidores públicos estaduais. No entanto, os valores retirados dos contracheques destes trabalhadores não foram repassados para as entidades sindicais, pois o Estado de Minas Gerais ajuizou uma ação de consignação em pagamento, com a alegação de dúvida quanto à representação sindical das diversas categorias que integram o funcionalismo estadual. A ação judicial está em trâmite perante a 2ª Vara de Feitos Tributários do Estado na Comarca de Belo Horizonte sob o nº. 0024.09.503.739-6 (Vide consulta processual no sítio www.tjmg.jus.br

Vale destacar que os descontos das categorias representadas pelo Sind-UTE/MG acontecem sem pedido do sindicato e os recursos, até março de 2014, nunca foram para a entidade. Foram consignados pelo governo no citado processo judicial. Em 2010, o Sind-UTE/MG apresentou solicitação ao Governo do Estado para que NÃO realizasse novo desconto, mas o governo argumentou que estava cumprindo a Instrução Normativa do Ministério do Trabalho e procedeu novo débito. Já em 2011, o Sind-UTE/MG iniciou uma negociação com o Executivo Estadual na tentativa de que os recursos dos trabalhadores em educação fossem liberados. 

Somente em março de 2012 foi possível apresentar à justiça um primeiro termo de acordo entre o SindUTE/MG, o SINDPÚBLICOS e a Advocacia Geral do Estado (AGE) para que estes recursos da contribuição sindical fossem disponibilizados. Entretanto, tal termo de acordo foi primeiramente questionado na justiça pela UNSP (União Nacional dos Servidores Públicos Civis do Brasil). Os argumentos desta entidade não procediam em relação ao Sind-UTE/MG, sendo a questão superada em decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Houve um segundo impedimento levantado pelo Sindesp-MG (Sindicato dos Profissionais Especialistas em Educação do Ensino Público Estadual de Minas Gerais) e foi elaborado entre as entidades um novo termo de acordo. Importante mencionar que tal acordo não implica em modificação, reconhecimento ou substituição das bases de representatividade das entidades signatárias. 

Em 6 de dezembro de 2013 o termo de acordo entre o Sind-UTE/MG, o SINDPÚBLICOS, o SINDESPE e a Advocacia Geral do Estado foi homologado pela Exma. Sra. Juíza de Direito Vânia Fernandes Soalheiro. A homologação já transitou em julgado. 

Assim, os valores descontados em março dos anos de 2009, 2010, 2011 e 2012 correspondentes aos cargos de Professor de Educação Básica – PEB; Analista de Educação Básica – AEB; Assistente Técnico de Educação Básica – ATB e Auxiliar de Serviços de Educação Básica – ASB; Serviçal; Auxiliar de Serviços Gerais; Diretor de Escola (com cargo efetivo de professor); Secretário de Escola; Coordenador B e C; Regente de Ensino; R. Ipiranga, 80 - Floresta - Belo Horizonte - MG - Tel: (03l) 348l.2020 - FAX (03l) 348l.2449 - CEP: 3l.0l5-l80 CNPJ: 65l39743/000l. 92 - Inscrição Estadual: Isento Secretário de Estabelecimento Ensino Médio e Supervisor Regional da Educação já foram depositados na conta bancária do Sind-UTE/MG. 

Por sua vez, os valores descontados em março dos anos de 2009 e 2010 dos cargos de especialista em educação básica – supervisor pedagógico e orientador educacional - e diretor de escola com cargo efetivo em especialista em educação básica também foram depositados na conta bancária do Sind-UTE MG. Já em relação aos anos de 2011 e 2012, estes foram depositados em favor do Sindespe. Portanto, para esses cargos o Sind-UTE/MG somente fará a devolução dos anos de 2009 e 2010. 

Para os cargos não citados nesta carta, os valores foram repassados ao Sindpúblicos. 

O que foi depositado corresponde a 60% do que foi descontado de cada trabalhador dos cargos acima descritos. O restante de 30% foi ou será sacado diretamente pelas entidades sindicais de âmbito nacional, não sendo o mesmo de competência do Sind-UTE/MG e, os demais 10% é destinado ao Ministério do Trabalho e do Emprego. 

Considerando a liberação dos valores e em cumprimento a decisão do Congresso do Sind-UTE/MG realizado, em Poços de Caldas, no ano de 2009, o Sind-UTE/MG fará a DEVOLUÇÃO de sua parcela do imposto sindical aos seus filiados. A destinação do restante do dinheiro do imposto sindical foi discutida e votada no Conselho Geral da entidade que se reuniu no dia 24 de abril de 2014. Conforme deliberação do Conselho Geral, após a devolução dos recursos aos filiados, o restante foi destinado ao pagamento das dívidas da greve de 2011, do Congresso Estatutário realizado em 2012 e uma campanha publicitária denunciando os problemas da educação e dos educadores mineiros. É importante lembrar que já foi apresentada prestação de contas da utilização dos recursos do Imposto Sindical de 2014 ao Conselho Fiscal no dia 01º de dezembro de 2014 e Conselho Geral da entidade que se reuniu no dia 06 de dezembro de 2014. 

Após a devolução dos recursos para os filiados correspondentes aos anos 2009, 2010, 2011 e 2012, novamente a destinação dos recursos será discutida com a categoria com nova prestação de contas. 

Para que a decisão do Congresso seja cumprida e seu imposto sindical destinado ao Sind-UTE/MG seja devolvido, pedimos aos filiados, que desejarem a devolução, para preencherem o formulário em anexo e encaminharem ao sindicato até 31 de março de 2015

É importante lembrar que: o dinheiro dos cargos de Especialistas em Educação Básica – EEB; Supervisor Pedagógico; Orientador Educacional e Diretor de Escola (com cargo efetivo de Especialista em Educação Básica) dos anos de 2011 e 2012 foram repassados ao Sindespe. Os valores do imposto sindical dos cargos de Assistente Técnico Educacional – ATE; Assistente da Educação – ASE e Analista Educacional – ANE; Auxiliar Administrativo e DAD (1,2,3,4,6,7 e 8); Agente Governamental; Ajudante de Serviços Operacionais – Digitador; Auxiliar da Educação; Auxiliar de Serviços Especializados; Supervisor II; Técnico da Educação e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental foram repassados ao Sindpúblicos MG e dos cargos de Analista Educacional com função de inspetor escolar foram repassados ao Sindpúblicos e Sindespe. PORTANTO, NÃO HAVERÁ DEVOLUÇÃO DESSES VALORES, JÁ QUE NÃO FORAM REPASSADOS AO SIND-UTE/MG.

Atenciosamente, 
Direção Estadual do Sind-UTE/ MG

Logo abaixo, segue o requerimento para o pedido de devolução do Imposto Sindical (somente para os filiados ao Sind-UTE/MG). Para visualizar na íntegra, clique na imagem.


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Impasse em BH: governo não apresenta proposta concreta e sofre pressão do Sind-UTE/MG

Por isso é importante que a nossa categoria esteja mobilizada. Precisamos pressionar o governo a apresentar propostas que atendam as nossas reivindicações. Se for preciso, iremos à luta por nossos direitos!

Nesta quinta-feira (12/02), aconteceu a 3ª reunião do grupo de trabalho sobre as remunerações dos educadores mineiros.  Participaram o Secretário-Adjunto da Secretaria de Estado do Planejamento e Gestão (Seplag), Wieland Silberschneider, Secretário-Adjunto da Fazenda, Bruno Leal, Secretário-Adjunto da Educação, Antônio Carlos Pereira, Secretário-Adjunto de Governo, Francisco Moreira, Secretária-Adjunta da Casa Civil, Mariah Brochado, a Diretora da Prodemge, Fátima Lima, Sind-UTE/MG e Adeomg.
A reunião de hoje explicitou um impasse sobre o trabalho do grupo instituído pelo governador Fernando Pimentel. 
 O governo apresentou duas simulações de tabelas:
1) Tabela na atual estrutura do subsídio, iniciando em R$1.917,78 com progressão de 2,5% e promoção de 10%, que gera um impacto de 55,03% na folha de pagamento.
2) Tabela na estrutura de vencimento básico, iniciando em R$1.917,78 com progressão de 3,0% e promoção de 22%, que gera um impacto de 172%.
No entanto, ao final da apresentação, o Governo informou que as tabelas não constituíam uma proposta do Executivo e que não havia delegação da Comissão para fechar uma proposta. O grupo faria um relatório a ser entregue ao governador em abril e que este decidiria o que fazer.
Diante disso, instalou-se um impasse. No entendimento do Sind-UTE/MG, desde a primeira reunião estava estabelecido um processo de negociação. A entidade já havia apresentado as reivindicações relacionadas a salário e carreira e esperava que nesta reunião, o governo apresentasse alguma proposta, o que não aconteceu.
O governo apresentou novamente a discussão de proporcionalidade.  Apresentou também a referência do Piso Salarial para licenciatura plena, e não para nível médio e que, na avaliação do governo, não valeria a pena voltar ao modelo anterior de remuneração.
Com isso, voltou-se ao debate da primeira reunião, onde o Sindicato já havia esclarecido que a reivindicação era do Piso Salarial para a jornada existente e iniciando no primeiro nível da carreira, que é o nível médio. Sobre o modelo de remuneração, lembramos ao governo que o Governador Fernando Pimentel, assinou um documento se comprometendo a pagar o Piso Salarial como vencimento básico e não para manter a atual estrutura de remuneração. Não há inflexibilidade por parte do Sindicato, mas não é possível sistematicamente abrirmos mão e recuarmos sem que a categoria entenda como ficará sua vida, que proposta está sendo construída. 
Para a direção do Sindicato não é possível continuar nesta dinâmica de grupo de trabalho.  É necessário que o governo apresente uma proposta que seja um ponto de partida de negociação. E o grupo de trabalho tem que ser uma mesa de negociação, que este ritmo não atende às necessidades da categoria, que viu o Piso Salarial Nacional ser reajustado em 13%, além de promessas de reajuste em 2014 que não se concretizaram.
Depois dos debates e questionamentos, foi pactuada uma nova reunião no dia 5 de março, quando o governo apresentará uma proposta.
Durante os debates, após o governo ser questionado sobre práticas do PSDB que permanecem, a Secretaria de Governo informou que os atuais Superintendentes Regionais de Ensino terão os atos de exoneração publicados no sábado, dia 14 de fevereiro.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Sind-UTE/MG define estratégias de mobilização

O início de 2015 foi marcado pela continuidade da luta dos/as trabalhadores/as em educação pelo pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional, o retorno da carreira, além de melhores condições de trabalho e uma educação pública de qualidade.

Esses assuntos e outras questões do cenário político mineiro e nacional, bem como uma análise da conjuntura econômica de Minas Gerais foram discutidos no Encontro de Subsedes do Sind-UTE/MG, que aconteceu no sábado (7/2), no auditório do Sindieletro, em Belo Horizonte. Participaram cerca de 100 lideranças de todas as regiões do estado.

O vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Carlos Magno abriu os trabalhos fazendo uma análise da conjuntura política.

Em seguida, foi a vez da apresentação da conjuntura econômica do Estado com a subseção do Dieese, feita pelas economistas Liliane Maria Barbosa da Silva Resende e Isabella Lott.

Na sequência, o departamento Jurídico do Sind-UTE/MG apresentou a 3ª edição do Kit Justiça e fez um balanço das atividades do departamento em 2014 e a regionalização que, em 2015, será no noroeste e Vale do Jequitinhonha.

Já no debate da Campanha salarial, a comissão de negociação apresentou um balanço das ações de 2015 como o protocolo da pauta de reivindicações dos educadores e os trabalhos do Grupo de trabalho sobre a Remuneração dos profissionais da educação. E, na sequência, foram discutidas estratégias para a negociação e mobilização da categoria.

Para a direção estadual, a mobilização é fundamental. “Precisamos ir avaliando passo a passo o trabalho da comissão, bem como estarmos preparados para pressionar, caso a proposta apresentada pelo governo não nos atenda.”

O calendário de mobilização prevê a eleição para representante de escola até 30 de março, a organização de assembleias locais nos meses de fevereiro e março e plenárias regionais em março. No dia 14 de março acontecerão as plenárias regionais no Triângulo Mineiro, Centro-Oeste, Calcária, Zona da Mata, Vale do Aço e Sul de Minas. No dia 28 de março acontecerão as plenárias do Norte de Minas e Noroeste. Em Belo Horizonte, a plenária de representantes será no dia 26 de fevereiro.

O Conselho Geral do Sindicato acontecerá no dia 28 de fevereiro e avaliará as reuniões de negociação que acontecerem até esta data. Assembleia estadual acontecerá em março.

A articulação com os movimentos sociais é também uma estratégia para a campanha. As plenárias regionais dos Movimentos sociais serão organizadas em todo o Estado. Além de disso, garantimos a nossa participação nas agendas sobre Reforma Política e Democratização da mídia.


EDITAIS DE CONVOCAÇÃO: Imposto Sindical 2014

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Imposto Sindical Ano de 2014 

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais – Sind-UTE/MG, por intermédio da categoria que representa, deliberou no Congresso Estatutário realizado no ano de 2012, a devolução da Contribuição Sindical compulsória, conhecida como Imposto Sindical, que é descontada anualmente no contracheque no mês de março dos servidores públicos. Ainda, o Sind-UTE/MG esclarece que não é taxado o desconto da contribuição sindical compulsória no contracheque dos servidores já aposentados, por isso, não há o que se falar em devolução por essa entidade. Então, o Sind-UTE/MG deu início ao processo de devolução do Imposto Sindical de 2014, correspondente ao percentual de 60% (sessenta por cento) do valor que foi descontado nos contracheques dos servidores no mês de março desse ano, já que é o percentual que é repassado a entidade sindical de base. Os servidores que optaram pela devolução do imposto sindical, preencheram requerimento próprio para que a quantia fosse devolvida por essa entidade. Entretanto, vários servidores públicos não apresentaram os documentos e informações necessários para que a devolução do valor do Imposto Sindical fosse devolvida pelo Sindicato. Portanto, o Sind-UTE/MG convoca os servidores abaixo, que deverão entrar em contato com Denisia – Departamento Administrativo/Financeiro no telefone: 31- 3481.2020 ou comparecer pessoalmente à sede do Sindicato situado na Rua Ipiranga, nº 80, Bairro Floresta, Belo Horizonte, para maiores informações e regularização da situação. 

São eles (as): 
ANA PAULA CAIRES FERNANDES, AUGUSTA RODRIGUES CAIRES, CARMOSITA ALVES DE CARVALHO, CLEUDMAR DA CONSOLAÇÃO SILVA, DAGNO JUSTINO MELO, DENISE MARIA CANABRAVA VIEIRA, EDESIO ERNESTO DUTRA, EVA SIMAO SOUSA DE ANDRADE, GERALDO JOSE DE ASSIS, GILDAYNE EMILIA ROSSETE VILAS NOVAS, JANE CAETANO MENEZES BARBOSA, JANIO JOSE DE ANDRADE, JOSE LUIZ RODRIGUES, LACIR MARTINS NOGUEIRA, LEIVA LUCIA MENDES PINTO, LUCIA ELENA PEREIRA FRANCO BRITO, LUCIA HELENA PEREIRA SILVEIRA, LUCIENE DE FATIMA DOS SANTOS CALISTO, LUIZ CARLOS DO CARMO FROES, LUZIA PIRES, MARIA CONCEICAO FARIA VELOSO, MARIA DA APARECIDA SILVA CANDIDO, MARIA DALILA CARDOSO PEREIRA, MARIA DAS GRACAS DE PAULA NAVAR, MARIA DAS GRACAS GOMES, MARIA DE FATIMA CAVALC RODRIGUES, MARIA DE FATIMA SANTOS ROCHA, MARIA DE LOURDES LIMA, MARIA EFIGENIA GOMES, MARIA EVANEIDE DA SILVA, MARIA FRANCISCO DA COSTA TAVARES, MARIA JOSE COSTA JULIAO, MARIA JOSE FIGUEIREDO CESAR, MARIA JOSELAYDE RIBEIRO, MARIA LUCIA DA SILVA ALVES, MARIA MADALINA CAMILO, MARIA MARLI COIMBRA MARTINS, MARIA TEREZINHA VIEIRA COELHO, MARLUCIA GOMES DE BRITO, MORGANA DE SOUZA MONTANO, OLINDA ALVES DE SOUSA SILVA, REINALDO PEREIRA DE SOUZA, RENATO TEIXEIRA DE MOURA, SANDRA MARIA DE OLIVEIRA, SANDRA OLIVEIRA ANDRADE VIANA, SIMONE DA CONCEICAO CARV PENA, SONIA APARECIDA TACON DO PRADO SIQUEIRA, SORAYA ELEUTERIO DOS SANTOS SILVA, TEREZINHA OLIVEIRA COUTINHO, VANDERLEI FERREIRA CELESTINO, VILMA DE OLIVEIRA LAGE ALVES E WANDA BARBOSA AMORIM. 

Atenciosamente, 
DIREÇÃO ESTADUAL DO SINDUTE/MG

EDITAL DE CONVOCAÇÃO: Ação de Custeio de Pensão (4,8%)

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Ação de Custeio de Pensão – 4,8% 

Em 25 de março de 2002 foi publicada a Lei Complementar nº 64, nela foi instituído o Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais, e a partir de então passou a ser descontado um percentual de estabelecia a cobrança de contribuição previdenciária no percentual de 4,8%, incidente sobre os vencimentos ou proventos dos servidores do Estado de Minas Gerais. 

Assim, desde 2002 todos os servidores, inclusive os inativos, passaram a ter descontos a título de “Custeio Pensão”, que correspondia a 4,8% da sua remuneração. 

O Sind-UTE acreditou que o Estado de Minas Gerais não podia exigir essa contribuição dos servidores aposentados, entendendo que ela era ilegal e não podia mais continuar. 

Assim, ajuizou ações judiciais para mais de 15.000 servidores inativos com o objetivo de que o Estado fosse obrigado a devolver os valores descontados entre junho de 2002 a abril de 2004, a título de Custeio de Pensão. 

Deste modo, no período de 2004 a 2008, foram ajuizadas ações individuais, em nome dos servidores que enviaram seus documentos. O Sind-UTE ganhou as ações judiciais no Tribunal de Justiça e as decisões foram confirmadas no Supremo Tribunal Federal. 

Vitorioso nas ações, o Sind-UTE fez os cálculos dos valores devidos pelo Estado de Minas Gerais e IPSEMG a cada Autor e os obrigou a pagar corrigido com juros e correção monetária. O valor de vários servidores já está disponível no Sindicato, sendo necessário apenas o envio de alguns documentos para que o pagamento seja efetuado.

Desta forma, o SINDUTE/MG convoca os Autores abaixo relacionados para receberem seus devidos créditos. 

Os Autores deverão enviar ao SINDUTE/MG, situado na Rua Ipiranga, nº 80, Bairro Floresta, Belo Horizonte, os seguintes documentos:

1. Cópia da CI; 
2. Cópia do CPF; 
3. Contracheque Atual (caso seja servidor público do Estado de Minas Gerais); 
4. Endereço atualizado 5. Carta informando que se refere ao pagamento da ação de Custeio de Pensão – 4,8%. 

Quanto aos Autores Falecidos, os herdeiros deverão enviar os seguintes documentos: 

1. Cópia da CI do Falecido; 
2. Cópia do CPF do Falecido; 
3. Cópia da Certidão de Óbito;
4. Certidão de Casamento/Nascimento do Falecido; 
5. Cópia de CI e CPF de todos os Herdeiros; 
6. Procuração com poderes específicos para Recebimento do Crédito (caso um herdeiro venha receber o crédito em nome dos demais); 
7. Carta informando que se refere ao pagamento da ação de Custeio de Pensão – 4,8%. 

São eles: 
Alcídia Simão Helou, Amélia Pereira de L. Aguiar, Ana Luiza Nogueira, Ana Maria Benaton Vieira, Ana Maria dos Santos, Ana Maria Salomão Gomes, Anna Maria Tostes Campos do Val, Aparecida Maria Moreira, Arlene Scalon, Celse Alves, Cleuza Paiva da Silva, Dagmar Ferreira de Andrade, Dalceria Alexandre do Prado, Dilma Mourão Valadares, Eni Peixoto Silva Teixeira, Francisca Aparecida Silva de Souza, Guilhermina Mary Mendes Diniz, Izilda Silva Emerick, Joana D'arc Gomes, Lúcia Schuab da Silva, Luzia Praxedes de Carvalho, Maria da Glória Fonseca, Maria de Fátima Mol Cruz, Maria de Lourdes Cury Elias, Maria Magalhães Dias, Maria Milagres de A. Campos, Maria Nazaré de Oliveira Silva, Maria Regina Peixoto, Maria Teresa da Conceição Fernandes Andrade, Marlene das Dores Ramos Demoura, Marluce Ribeiro Barros Silva, Núzia de Abreu, Raimunda Praxedes da Fonseca, Regina Célia Negrão Santos, Rosália Costa, Suzana de Andrade Bicalho, Telmo Norberto dos Santos, Tereza de Oliveira Amaral, Therezinha Afonso Ribeiro Machado, Tieta Maria Duarte, Vera Sebastiana Vivas Ferreira, Vera Luz Maria das G. Torres.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Eleição de representantes de escolas (e SRE's) para o Conselho Regional do Sind-UTE/MG

O Sind-UTE/MG acredita na necessidade de organização dos trabalhadores em educação como parte fundamental na luta pelas conquistas de nossa categoria.

O "Conselho de Representantes de Escola" de nossa subsede é um importante instrumento de participação democrática, construção coletiva e controle social de nosso sindicato.

Por isso convidamos todos os trabalhadores em educação (professores, secretários, auxiliares, etc.) das escolas de nossa região para elegerem os seus representantes para o conselho. É um representante por turno (matutino, vespertino, noturno). Basta realizar a eleição em sua escola e encaminhar a ata para a nossa subsede, ou entregar a um de nossos diretores sindicais quando estes forem em sua escola. 

Os documentos (ata de eleição e formulário) seguem em anexo. 

UNIDOS, SOMOS MUITO MAIS FORTES!

"É possível fazer um sindicalismo diferente!
Estimular a organização das bases da categoria é parte da nossa combatividade, porque mais do que brigar pelos nossos direitos, é necessário brigar coletivamente, mostrando que nossa ação coletiva é mais forte do que os governos e patrões que nos atacam!"

O que é um representante de escola?

O representante é um trabalhador em educação (professores, secretários, auxiliares, etc.) eleito pelos seus colegas de seu turno, para representá-los no Conselho Regional do Sind-UTE/MG, além de ser o ponto de referência para a organização dos colegas na própria escola, buscando a ação coletiva.

Quantos representantes uma escola pode eleger?

Os trabalhadores em educação podem eleger até três representantes (sendo um de cada turno) por escola.

Quem pode votar e quem pode ser o representante?

Todos os trabalhadores da escola (efetivos, designados, etc.) de todos os segmentos (professores, secretários, auxiliares, etc.) podem votar e eleger seus representantes. Contudo, para ser representante, é necessário ser filiado ao Sind-UTE/MG ou se filiar no ato da sua nomeação no Conselho Regional.

Quais são as funções do representante de escola?

Em seu mandato sindical, o representante atua como um elo entre o sindicato e a categoria em sua escola. Participa das reuniões do Conselho (debatendo, criticando e ajudando a organizar) e leva as informações e debates aos colegas da escola.
Além disso, o representante de escola é a pessoa no qual os demais poderão se organizar, inclusive, na defesa dos trabalhadores contra o descumprimento de leis, assédio moral, violência, etc.

Dá muito trabalho ser representante?

O representante atua no sentido da ação coletiva. Sua participação é de acordo com as necessidades que se colocam junto aos colegas. Contudo, não é muito mais trabalho do que já temos em nosso dia a dia. As reuniões do Conselho Regional são extraordinárias, e geralmente são convocadas em finais de semana. Reivindicamos junto ao governo a liberação de ponto para os representantes de escola para participar dessas reuniões em dias de semana.

Eu posso ser punido por ser representante de escola?

Não, nunca. A organização por local de trabalho e a atuação sindical é um direito constitucional de todos os trabalhadores no Brasil. Se alguém for perseguido por ser representante de escola, deve denunciar ao sindicato, que fará a denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), à Corregedoria do Estado e à Justiça.

Os funcionários de SRE's podem eleger seus representantes?

Claro que sim. É importante a participação dos companheiros servidores das Superintendências Regionais de Ensino. No entanto, devido aos turnos, o limite máximo é de dois representantes.



sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Sind-UTE/MG quer tabela salarial do Governo e defende recuperação de todas as carreiras da educação

Representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) voltaram a se reunir nessa quinta-feira (05/02), na Cidade Administrativa (Edifício Gerais, 3º andar), em Belo Horizonte com os membros da Comissão de Trabalho (Governo de Minas) responsáveis por analisar as demandas dos educadores no que tange ao salário e à carreira da categoria.

Pela primeira vez, o Sind-UTE/MG e a Associação de Diretores das Escolas Oficiais de Minas Gerais (Adeomg) tiveram acesso à base de dados do funcionalismo, com diversas informações sobre as carreiras, bem como o número de trabalhadores e a evolução dos gastos com pessoal nos últimos 15 anos. Assim que os dados forem enviados ao Sind-UTE/MG serão disponibilizados para a categoria.

O Sind-UTE/MG apresentou todas as demandas relacionadas a salário e carreira que estão na pauta de reivindicações assim como a Adeomg.

O governo apresentou uma proposta de dividir o trabalho da seguinte forma: a Comissão, cumprindo o prazo de 90 dias, apresentaria a proposta para os profissionais do Magistério e depois, sem prazo apresentado, se discutiria, incluindo outros sindicatos, as tabelas para as demais carreiras da educação. O Sind-UTE/MG não aceitou a proposta. "Já havíamos apresentado que todo o trabalho deveria ser para todas as carreiras", frisou a coordenadora-geral, Beatriz Cerqueira. Após debate, permaneceu da forma proposta pelo Sindicato.

O governo se comprometeu em apresentar a simulação das tabelas salariais e os estudos das carreiras que forem feitos até a próxima reunião que acontecerá no próximo dia 12 de fevereiro, às 14h:30. As reuniões da Comissão serão semanais para cumprir o prazo final de 90 dias.


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Sind-UTE/MG protocola Pauta de Reivindicações

Publicação de férias-prêmio é retomada nesta terça-feira

O início do ano letivo mineiro marca não só a volta dos alunos e educadores às salas de aula, mas também a continuidade da luta dos educadores pelo pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional, reconstrução da carreira, uma educação pública de qualidade, entre outras questões.

Desde 2011, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), protocola a mesma pauta de pauta de reivindicações da categoria nas esferas dos poderes Legislativo e Executivo. Isso porque o governo do Estado, nas gestões anteriores, não abriu o processo de negociação, portanto, não houve nenhum avanço em relação às reivindicações da pauta protocolada. 
A pauta da categoria é dividida em 7 eixos: educação de qualidade, salário e carreira, jornada do professor, Ipsemg e Previdência, Gestão democrática da escola e do sistema, vínculo funcional e quadro de escola e demandas específicas dos servidores das Superintendências Regionais de Ensino. O foco da campanha salarial será a luta pelo pagamento do Piso Salarial e a reconstrução da carreira, destruída pelos governos anteriores. Mas a categoria também apresenta outras demandas como a diminuição do número de alunos por sala de aula, a construção de uma proposta para o Ensino Médio, a nomeação de concursados para os cargos vagos, a imediata aposentadoria dos servidores da Lei Complementar 100/2007 que adquiriram direito, entre outros.

Nessa segunda-feira (02/02), o Sind-UTE/MG fez o protocolo da pauta de reivindicações da categoria. Para a agenda de protocolos, as subsedes foram convidadas e as reuniões aconteceram com a participação da direção estadual e lideranças das regiões do norte de Minas, Noroeste, Vale do Aço, Centro Oeste, Zona da Mata, Belo Horizonte e Grande BH, Triângulo Mineiro, Vale do Mucuri e Calcária.

Pela manhã, o Sind-UTE/MG protocolou a pauta de reivindicações 2015 na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Na oportunidade, os educadores foram recebidos pelo novo Presidente da Casa, Adalclever Lopes. Foi a primeira agenda do presidente do Legislativo. Ele reafirmou o seu compromisso com os educadores mineiros, de manter o Poder Legislativo sempre aberto e de ser parceiro da categoria na luta justa pelo pagamento do Piso Salarial e carreira.

A direção do Sind-UTE/MG também reivindicou que o projeto de anistia das greves dos últimos anos seja aprovado, para que o educador não seja punido por ter exercido um direito constitucional. O projeto de lei da anistia será desarquivado até o próximo mês. Também participaram da reunião os deputados estaduais Paulo Lamac e Rogério Correia.

À tarde, a pauta foi protocolada no Executivo Estadual, nas secretarias de Planejamento e Gestão e na Educação, onde os educadores foram recebidos pela secretária, Macaé Evaristo e o chefe de gabinete Hércules Macedo.

Ao fazer o protocolo da pauta a coordenadora-geral do Sindicato, professora Beatriz Cerqueira, fez uma apresentação dos eixos que constam da pauta. Além do protocolo da pauta, o Sindicato entregou um pedido à Secretária para que os 21 professores que foram eleitos pela comunidade escolar em 2001 para cargo de direção de escola e não foram nomeados por perseguição do governo anterior, sejam nomeados. O Sind-UTE/MG também questionou a suspensão das publicações de férias-prêmio para o início do ano e a ausência de nomeações do concurso no novo governo. A Secretária afirmou que haverá eleição para direção de escola em 2015. As publicações de férias-prêmio serão retomadas nesta terça-feira (03/02).

Novos pontos de pauta ainda podem ser acrescentados. O Seminário com os coordenadores de subsedes, convocado para o próximo fim de semana, dias 07 e 08 de fevereiro, irá discutir o calendário de mobilização da categoria.






















Direção do Sind-UTE/MG e educadores se reúnem com o novo presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes



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