segunda-feira, 23 de setembro de 2019

20 de setembro – Sind-UTE/MG em luta no Ato Contra a Destruição do Brasil e de Minas Gerais

Na manhã do dia 20/9/2019, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) realizou paralisação total das atividades e participou do Ato Contra a Destruição do Brasil e de Minas Gerais, na Praça Afonso Arinos, em Belo Horizonte.

A pauta de luta abordou a Campanha salarial de 2019, a luta pelo Piso Salarial, a denúncia das políticas nefastas do governo Zema, a defesa da Amazônia e da soberania nacional, contra a Reforma da Previdência e o Regime de Recuperação Fiscal.

Nas ruas de Belo Horizonte, a categoria reivindicou o cumprimento da Legislação Estadual, de forma que o governador pague o Piso Salarial e apresente uma proposta concreta e nesse sentido, durante reunião que a direção do Sindicato terá com a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) no próximo dia 25/9/2019 (quarta-feira), esse será um dos assuntos a serem defendidos pelo Sindicato.

A coordenação-geral do Sind-UTE/MG lembrou a todos e todas sobre a necessidade da luta contra a retirada de direitos da classe trabalhadora, principalmente, diante dos ataques que a educação vem sofrendo. “Nossa manifestação demonstra que não aceitaremos o contingenciamento de recursos, não compactuamos com a política de fusão de turmas e lutamos para que estudantes tenham um ensino de qualidade social e a categoria tenha um ambiente de trabalho e remuneração dignos.”


Piso Salarial é um direito legal


“Zema, cumpra o que está na Constituição do Estado! Pague o Piso Salarial” Em coro, estudantes, profissionais de vários setores do funcionalismo e comunidade escolar questionaram o governo sobre os baixos salários na educação.

A direção estadual do Sind-UTE/MG reforçou que a categoria luta pelo pagamento do Piso Salarial Profissional desde 2008 e, a partir de 2018, o direito é assegurado pela Constituição Estadual. “Zema segue sem apresentar propostas concretas à nossa pauta de reivindicações e o ato de hoje é uma demonstração que estaremos na luta pelo tempo que for necessário. No próximo dia 25 de setembro faremos uma reunião com a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) e cobraremos uma postura dialógica e comprometida com o fortalecimento da educação pública.”

“Trabalhador na rua, Romeu Zema a culpa é sua!” Com esses dizeres também repudiaram a política de fusão de turmas na rede pública de ensino, que fechou 225 salas de aula, provocou a demissão de educadores/as, superlotação e precarização do ensino-aprendizagem.



“Senador, se votar não volta! Não à Reforma da Previdência!”

Com essas palavras de ordem, os/as manifestantes pararam em frente ao prédio no qual o senador Carlos Viana (PSD) tem escritório, no centro da capital. Foi cobrado um voto contrário à Reforma da Previdência, que será votada no Senado Federal nos próximos dias.

A direção do Sindicato lembrou sobre a responsabilidade da representação política. “Os senadores eleitos em Minas, se ainda não entenderam, devem compreender que a função no Senado é representar os interesses da classe trabalhadora. Acabar com a possibilidade de uma aposentadoria digna só vai impor uma miséria social ao povo.”


“O que fizemos hoje é uma resposta à falta de diálogo do governo Bolsonaro com todo o país. Reforço que estaremos sempre atentos e atentas para que a cobrança seja feita e a responsabilização também. Não à Reforma da Previdência!”, disse o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG). Ele lembrou que o senador Rodrigo Pacheco (DEM) também deve exercer uma representação legítima do povo e será cobrado.



Cemig não é loja – Contra a política privatista de Zema

A luta contra o Regime de Recuperação Fiscal e a política privatista de Romeu Zema estiveram presentes nas vozes do ato. Uma das propostas do governador é a venda da Cemig, empresa pública de grande importância social na prestação de serviço à população mineira.

O coordenador- geral do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro/MG), Jefferson Silva, demonstrou como a empresa vem sendo sucateada. “A Cemig, desde 2017, sofre um processo intenso de desmonte com a venda de usinas. Isso produz reflexos negativos no faturamento e, principalmente, no preço final da conta de luz que cada cidadão e cidadã pagam. A perspectiva é diminuir o Estado na vida das pessoas. Mas o autoritarismo político e econômico será derrubado pela força da classe trabalhadora.”





Paulo Freire presente!

A deputada Beatriz Cerqueira (PT) reforçou a importância de um dos maiores pensadores e Patrono da Educação Brasileira. “No último dia 19 de setembro, Paulo Freire completaria 98 anos. Em tempos de obscurantismo, lembrar desse mestre é legitimar que a educação crítica é uma força libertária para o povo brasileiro. Nunca abaixaremos a cabeça diante da tentativa de criminalizar a nossa profissão. Respeitem-nos!”

E sobre liberdade de ensino, o presidente da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte, Rafael Morais, chamou a atenção para um projeto que está em tramitação na Câmara Municipal. “É urgente estarmos atentos e atentas, porque BH pode aprovar o projeto Escola Sem Partido. Uma verdadeira afronta e violência contra a liberdade de pensamento e a política pedagógica nas escolas. Resistiremos.”

Quem falou sobre a importância de unificar a defesa da pasta foi o represente do Levante Popular da Juventude, Artur Colito. “Precisamos defender a educação amplamente na institucionalidade e nas ruas. É nessa perspectiva que também faremos a disputa dos recursos que foram exonerados pela aplicação da Lei Kandir e destiná-los para o fortalecimento do ensino público.”


“Vamos resistir em todos os espaços, seja nas ruas ou nas igrejas. A luta pela educação é a luta pela democracia”, disse a missionária e coordenadora do Núcleo de Evangélicos do Partido dos Trabalhadores (PT), Elizabeth de Almeida Silva.

Finalizando o ato, com bandeiras, cartazes e força de luta, todos e todas gritaram: “Quem luta, educa! E conquista!”

A paralisação foi convocada pelo Sind-UTE/MG, em consonância com o dia nacional de manifestação chamado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais e movimentos sociais. A construção foi realizada juntamente a todos os setores do funcionalismo público federal, estadual e municipal e todos/as trabalhadores/as das estatais.





Fotos: StudiumEficaz/Sind-UTE/MG

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