Em mais uma reunião de negociação com o governo do Estado ocorrida, dia 31/5/2019, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, por cerca de 1 hora, a direção do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) voltou a solicitar a suspensão da Circular 04/2019, que contém orientações sobre a reposição, sob pena de corte de ponto, dos/as trabalhadores/as que aderiram à convocação do Sindicato e paralisaram suas atividades na rede estadual de ensino.
“Não é razoável, num contexto difícil e de tantas perdas para a educação, e sem a negociação da pauta de reivindicações que o governo adote essa postura de orientar o corte do ponto”, afirmou a coordenadora-geral do Sindicato, Denise Romano. Historicamente, os/as trabalhadores/as em educação, segundo ela, nunca se negaram a fazer a reposição conforme o calendário estabelecido, aprovado em assembleia da categoria e negociado com o governo. “Sempre pautamos a reposição após a negociação da pauta de reivindicações, num processo construído coletivamente”, afirmou.
Por sua vez, o Secretário Adjunto da Educação, Edelves Rosa Luna, disse que não há disposição do governo do Estado em revogar o ofício/circular 04/2019, e que o prazo para a reposição de paralisações no governo Zema será de 60 (sessenta) dias, evidenciando assim um impasse para essa questão, que continua sem avançar.
Outro ponto tratado pelo Sindicato foi sobre a reposição do calendário de greves dos profissionais das SREs e do Órgão Central de 2015 a 2018. Para o Sindicato, essa é uma questão importante, que continua sem solução e tem trazido prejuízos à vida funcional dos/as trabalhadores/as.
A direção do Sind-UTE/MG deixou claro ainda que até o momento, isto é, quase seis meses dessa gestão, só houve retrocessos e perdas para os/as trabalhadores/as em educação. O governo Zema só disse “Não” a todas as reivindicações da categoria, que cobra propostas concretas.
Perdas acumuladas
A direção do Sind-UTE/MG contextualizou os vários cenários de perdas por que passam os/as trabalhadores/as em educação com esse governo, relatando desde os cortes de recursos na educação, passando pela redução de 80% do programa da Escola de Tempo Integral, com corte de 81 mil vagas, a não contratação de aproximadamente 9 mil trabalhadores/as, fusão de turmas, fechamento de escolas, falta de atendimento digno pelo Ipsemg, demissão de profissionais da MGS que prestam serviços nas Superintendências Regionais de Ensino. O Sindicato questionou a ordem expedida pelas SRE’s de corte de ponto de salários de quem se encontrava em afastamentos legalmente previstos na legislação no período da reposição da greve do ano passado.
Uma nova reunião foi agendada para o dia 18 de junho (terça-feira), às 14h, na Cidade Administrativa