por Cássio Diniz
No último dia 22 de março (segunda-feira) o governo estadual anunciou a proposta de aumento de salário para diversas categorias do serviço público estadual. Para os profissionais do magistério este aumento seria de 10%, ou no vencimento inicial ou no que chamam de piso remuneratório. No primeiro caso o vencimento básico de um professor de formação no magistério pularia de R$ 336,00 para R$369,00 e de um com formação de nível superior pularia de R$ 500,00 para R$ 550,00. Mas neste caso a Parcela Remuneratória encolheria para muitos professores, sem que ocorresse aumento real. Já no caso de reajuste no “piso remuneratório”, o teto subiria de R$ 850,00 para R$ 935,00 (na verdade com os descontos, é de 720,00).
O problema é que o tal piso remuneratório, na verdade, é um teto onde o governo estabeleceu em 2008 um limite, que como já dissemos, é de R$ 850,00 (720,00). Este “piso” inclui o vencimento inicial mais gratificações conquistadas pelos professores ao longo da carreira. Muitos que já alcançam o valor proposto pelo governo, não terão nenhum aumento real em seus salários.
Por isso que nós professores, que estamos em plena Campanha Salarial, consideramos que esta proposta é um tapa na nossa cara, uma piada. Lembramos que a nossa luta é pelo cumprimento da Lei 11.738/08, onde o verdadeiro piso é de R$ 1.312,85 para as carreiras iniciais no cargo de 24h. Os 10% anunciado pelo governo de Minas não irá apagar os 15 anos de arrocho salarial que sofremos.
Não podemos aceitar esta afronta. Devemos avançar na nossa luta. Ainda está de pé o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 8 de abril, votado na assembléia de professores realizada no dia 16 de março em Belo Horizonte. Como professores, devemos debater com os nossos colegas e votarmos a adesão de todas as escolas de nossa região. E mostrarmos que estamos juntos e fortes para a luta.